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Começa 4º dia de julgamento do caso Milena Gottardi com depoimento de irmão da médica

No terceiro dia de julgamento, o delegado da Polícia Civil Janderson Lube foi a única testemunha ouvida

Começa 4º dia de julgamento do caso Milena Gottardi com depoimento de irmão da médica Começa 4º dia de julgamento do caso Milena Gottardi com depoimento de irmão da médica Começa 4º dia de julgamento do caso Milena Gottardi com depoimento de irmão da médica Começa 4º dia de julgamento do caso Milena Gottardi com depoimento de irmão da médica
Foto: Reprodução TV Vitória

Foi retomado na manhã desta quinta-feira (26), por volta das 9h30, no Fórum Criminal de Vitória, o julgamento dos seis acusados de participação no assassinato da médica Milena Gottardi. 

O irmão de Milena Gottardi, Douglas Gottardi, é o primeiro a ser ouvido nesta quinta. O depoimento é um dos mais aguardados do júri e pode ser um dos mais extensos.

Antes do início do julgamento, o movimento era tranquilo na entrada do fórum. Os réus chegaram por volta das 8h30 e não houve presença de familiares antes da sessão.

No início do depoimento, Douglas comentou sobre a relação do casal. Ele afirmou que Hilário tinha a pretenção de afastar Milena da mãe e reclamava quando a sogra ia visitar eles. 

Douglas também comentou que a personalidade do ex-cunhado era como se fossem dois Hilários. Sendo um dentro fora de casa, mais brincalhão, e outro dentro de casa, mais rígido.

Depoimento de delegado durou quase 12 horas

No terceiro dia de julgamento, o delegado da Polícia Civil Janderson Lube foi a única testemunha ouvida. O depoimento do delegado, que conduziu as investigações sobre o crime, ocorrido em setembro de 2017, durou cerca de 11 horas e 40 minutos.

Foto: Divulgação

Em seu depoimento, Janderson Lube destacou os principais pontos envolvendo as investigações sobre o assassinato de Milena Gottardi, morta com um tiro, no estacionamento do Hospital das Clínicas, em Vitória, no dia 14 de setembro de 2017. Ele contou que concluiu o inquérito em 35 dias.

um dos mandantes do assassinato da médica, teria tentando matar a vítima em uma outra ocasião. A informação foi obtida por meio do depoimento dado na época por Valcir da Silva Dias, acusado de ser um dos intermediadores do crime.

Ainda de acordo com o delegado, Esperidião não aceitava a separação de Milena e do filho dele, o ex-policial civil Hilário Frasson, por ter ajudado a médica financeiramente enquanto ela estava em São Paulo fazendo seu curso de residência.

Janderson Lube também disse que chamaram a sua atenção, durante as investigações, as ligações telefônicas feitas entre os réus na véspera e no dia do assassinato de Milena.

Foto: Arte/Julio Lopes

Também surpreenderam as pesquisas em sites pornográficos feitas por Hilário cerca de 48 horas depois da morte da ex-esposa. Segundo Lube, ele procurava principalmente pelos termos “esposa” e “loirinha”.

O delegado ainda estranhou o fato de Hilário ter feito uma escala especial de trabalho na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) após o crime. Ele entendeu o ato como se o acusado quisesse estar nas equipes de plantão para entender a dinâmica das investigações sobre homicídios.

Leia também: Hilário pediu ajuda a juízes durante processo de separação com Milena, diz delegado

Hilário ligou para Milena para saber onde ela estava

As investigações apontaram ainda que Esperidião tinha ligação próxima com Valcir e Hermenegildo. Janderson Lube afirmou no depoimento que, motivado pelo ódio da separação entre Milena e Hilário, Esperidião teria planejado o crime em conjunto com os réus.

Foto: Reprodução

Segundo o delegado Hilário ficou responsável de fazer contato com Milena no dia do crime. Em seguida, comunicou ao pai onde ela estava. Esperidião, por sua vez, ligou para Valcir e repassou a informação.

De acordo com a testemunha, contra Hilário pesa o fato de ter ligado para o pai informando onde Milena estava pouco antes do crime, e de ter deletado o telefone de Valcir da agenda um dia antes.