Geral

Comitê mantém silêncio sobre crise da água

Comitê mantém silêncio sobre crise da água Comitê mantém silêncio sobre crise da água Comitê mantém silêncio sobre crise da água Comitê mantém silêncio sobre crise da água

São Paulo – Sem consenso sobre o volume máximo de água que pode ser retirado do Sistema Cantareira para abastecer, hoje, cerca de 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas, o comitê anticrise liderado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) completa 50 dias de “silêncio”, nesta quarta-feira, 20.

O último comunicado do grupo, criado em fevereiro para monitorar a seca histórica do manancial e recomendar ações de enfrentamento da crise aos órgãos gestores, foi publicado no dia 1.º de julho. A partir dele, ANA e DAEE decidiram reduzir o volume de água liberado para a Sabesp de 21.500 para 19.700 litros por segundo e manter 3 mil litros/segundo para Campinas. A regra expirou no dia 15 de julho e, desde então, não houve nova definição de captação.

Além dos órgãos gestores, o grupo é composto por representantes da Sabesp e dos comitês das Bacias Hidrográficas do Alto Tietê, que abrange a Grande São Paulo, e dos Rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (PCJ), que engloba a região de Campinas. No comitê, a partilha da água que resta nos reservatórios do manancial não tem consenso.

A ANA, por exemplo, defende que seja liberado um volume proporcional de água que chega às represas. O objetivo seria tentar preservar os mananciais e manter uma reserva de 5% do volume morto para o período chuvoso, que se inicia em outubro e vai até março, caso a estiagem observada desde o fim de 2013 se repita neste ano.

Revisão

A Sabesp, por sua vez, alega em seu plano de contingência que uma redução na vazão “implicará forte revisão da estratégia” e que “seguramente afetaria parte da economia alcançada” com o programa de bônus e a redução da pressão da água à noite “sem proporcionar a certeza de que a contrapartida de redução de vazão seja substancialmente superior”.

Procurado, o DAEE informou que “não houve alterações significativas do quadro de estiagem” e que “a não publicação de boletins não compromete a responsabilidade do grupo”. A ANA não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.