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Consórcio prevê racionamento maior na região do PCJ em 2015

Consórcio prevê racionamento maior na região do PCJ em 2015 Consórcio prevê racionamento maior na região do PCJ em 2015 Consórcio prevê racionamento maior na região do PCJ em 2015 Consórcio prevê racionamento maior na região do PCJ em 2015

Sorocaba – O número de cidades das regiões de Campinas e Piracicaba, interior de São Paulo, que terão de adotar racionamento durante o período seco deste ano será maior do que em 2014, prevê o Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). No ano passado, o mais seco dos últimos 90 anos, 18 municípios dessa região tiveram de racionar a distribuição de água em razão da crise hídrica.

“A nossa lição de casa vai ser ainda mais severa para a estiagem de 2015”, disse o secretário executivo do consórcio, Francisco Lahoz.

Segundo ele, o aumento na liberação de água do Sistema Cantareira para os rios do PCJ, autorizado pelos operadores Agência Nacional de Águas (ANA) e Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), não será suficiente para atender a região.

Na segunda-feira, 25, o volume a ser liberado até 30 de novembro, durante a estiagem, passou dos atuais 2,5 m³/s para 3,5 m³/s.

“As bacias PCJ sempre necessitaram de 12 m³/s durante a estiagem. A região tem economizado em média 20%, o que fez essa demanda cair para 9,6 m³/s”, disse Lahoz. “Descontados os 3,5 m3 autorizados pela ANA, ainda assim temos um déficit de 6,1 m³/s.”

Essa água, lembra o secretário executivo, abastece 5,5 milhões de pessoas no interior. Somente Campinas precisa captar 4 m³/s no Rio Atibaia, um dos que recebem a água do Cantareira.

A situação atual está sendo amenizada pelas chuvas que abasteceram os rios e encorparam as nascentes, segundo ele. Como os rios são pouco profundos e não há grandes reservatórios, com a ampliação dos períodos secos, os níveis vão baixar.

O dirigente do consórcio recomenda às prefeituras acelerar o combate ao desperdício e preparar medidas de redução no consumo, como o racionamento.

Ainda segundo ele, é importante que os municípios aproveitem a estiagem para desassorear lagos e reservatórios, visando ao armazenamento de água para o próximo período seco, em 2016.

Entre as cidades que racionaram água no ano passado, Valinhos e Cordeirópolis continuam com restrições ao consumo para manter reservas de água em suas represas. O serviço de água de Iracemápolis suspendeu o racionamento em março, mas tem plano de retomar a restrição se o nível das represas baixar. A mesma situação ocorre em Saltinho e Rio das Pedras.

Nesta terça-feira, 26, embora estivessem acima do nível de atenção, os rios da região tinham vazões muito baixas para esse período do ano. O Atibaia estava com vazão de 5,56 m³/s, apenas 0,56 m acima do nível de alerta, e o Camanducaia tinha vazão de 2,78 m³/s, fora do alerta por 0,78 m.

A situação melhor era do Jaguari, com vazão de 11,56 m³/s no ponto de medição. As pedras começavam a aparecer no leito do Rio Piracicaba, o principal da região, com vazão de 31,08 m³/s, quase 50% abaixo da média.

A ANA informou que até o início de agosto serão reavaliadas as projeções e que os órgãos reguladores – a própria ANA e o DAEE – podem autorizar acréscimos na descarga se houver justificativa.