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Corpo fica por duas horas estendido em praia de Florianópolis

Corpo fica por duas horas estendido em praia de Florianópolis Corpo fica por duas horas estendido em praia de Florianópolis Corpo fica por duas horas estendido em praia de Florianópolis Corpo fica por duas horas estendido em praia de Florianópolis

Florianópolis – Um vendedor de queijo coalho que trabalhava na praia da Lagoinha do Norte, em Florianópolis, foi assassinado a facadas no domingo, 24. Ele morreu nas areias da praia e seu corpo permaneceu no local por duas horas. A polícia investiga os motivos para o crime.

Alagoano, Pereira tinha 23 anos e viajou de Maceió para trabalhar durante a temporada em Florianópolis. No domingo, 24, os salva-vidas o viram sendo perseguido por dois homens. Ele foi esfaqueado no rosto, nas costas e no abdo]me pelos criminosos. Pereira não resistiu aos ferimentos. Antes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegar, já tinha falecido. A Delegacia de Homicídios investiga o caso. O delegado Ênio de Mattos não crê em racismo como motivação.

A cena que envolveu o assassinato deixou outros comerciantes que trabalham na praia impressionados com o desdém da população. O corpo do vendedor permaneceu por duas horas na areia.

Matheus da Conceição Prado, 29 anos, vende água mineral em frente à guarita onde Pereira foi assassinado. Ele conta que as pessoas não demoraram a voltar ao lazer e ignoraram o corpo estirado na areia. “As mulheres estavam lá, passando bronzeador. As crianças brincando no mar. Pessoal pedindo coisas pra comer e beber. E ele ali, com uma cobertinha azul. Fui pra casa me sentindo mal. Poderia ser comigo, ninguém iria se importar”, disse.

Virose

Desde o dia 7 de janeiro, cerca de 1,5 mil pessoas foram medicadas na Unidade de Pronto Atendimento do Norte da ilha com febre, vômito e diarreia. Turistas vão a Canasvieiras mascarados, para evitarem o cheiro do esgoto. Das 42 praias da Ilha, 30 estão poluídas pela ineficiência do saneamento básico na capital.

O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Tarcísio Schmidt, disse acreditar que seja o queijo coalho, vendido nas praias da ilha pelos nordestinos, o responsável pelas contaminações.