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Covas diz que SP está longe de 'lockdown', mas reforça pedido de isolamento

Segundo Covas, a situação da saúde na cidade de São Paulo poderia estar pior se não fossem as medidas adotadas pela Prefeitura e pelo governo do Estado

Covas diz que SP está longe de ‘lockdown’, mas reforça pedido de isolamento Covas diz que SP está longe de ‘lockdown’, mas reforça pedido de isolamento Covas diz que SP está longe de ‘lockdown’, mas reforça pedido de isolamento Covas diz que SP está longe de ‘lockdown’, mas reforça pedido de isolamento
Foto: Leon Rodrigues/SECOM

O prefeito da de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse na manhã deste sábado, 2, em entrevista à Rádio CBN que a cidade está longe de decretar um possível “lockdown”, confinamento total da população em suas casas amparado por decisão judicial. “Proibir ainda mais a circulação de pessoas na cidade de São Paulo não é possibilidade a ser anunciada”, afirmou Covas.

Mas o prefeito voltou a pedir para que a população permaneça em casa e que não acredite no discurso de que a pandemia do novo coronavírus se trata de uma “gripezinha”, termo que foi usado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), contrário ao isolamento social sob a argumentação de que “o desemprego também mata”. “Esse discurso não condiz com a realidade. Espero que o presidente Jair Bolsonaro reveja esse discurso”, disse Bruno Covas.

Segundo Covas, a situação da saúde na cidade de São Paulo poderia estar pior se não fossem as medidas adotadas pela Prefeitura e pelo governo do Estado. “O que fizemos 20, 15 dias atrás é o que reflete na situação de hoje”, disse. O prefeito afirmou ainda que até sexta-feira (8) deverá decidir, em conjunto com o governo do Estado, o que fazer a partir do dia 11, quando vence atual quarentena.

Covas destacou a negociação com a rede privada para ampliar a oferta de leitos de UTI na cidade, o que, segundo ele, reduz a chance de pacientes virem a óbito. “Editamos decreto obrigando a rede particular a informar à Prefeitura sobre uso dos leitos, diariamente, depois soltamos um preço público de quanto a Prefeitura está disposta a pagar para utilização desses leitos”, disse o prefeito, acrescentando que a Prefeitura já assinou com duas instituições privadas. Ele citou R$ 2.100 por dia como o valor que a Prefeitura está disposta a pagar aos hospitais privados pela utilização de seus leitos.

“Analisamos diariamente a evolução”, comentou, reforçando que de nada adianta esforço, como o de ampliação de leitos, “se a população não colaborar”. “Os números só vão crescer se a população não colaborar”.

Covas ainda comentou os novos bloqueios na cidade de São Paulo. “Começa a valer decreto da utilização de máscaras no transporte público municipal”, lembrou. Segundo o prefeito, também começarão nesta segunda-feira restrições de circulação de veículos em quatro pontos da cidade, com diminuição do número de faixas. A partir da terça-feira, pode haver fechamento total dessas vias, concluiu.