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Crianças sairão de hotéis na Cracolândia, diz Haddad

Crianças sairão de hotéis na Cracolândia, diz Haddad Crianças sairão de hotéis na Cracolândia, diz Haddad Crianças sairão de hotéis na Cracolândia, diz Haddad Crianças sairão de hotéis na Cracolândia, diz Haddad

São Paulo – O prefeito Fernando Haddad (PT) informou nesta sexta-feira, 05, que as crianças que foram localizadas no interior de hotéis na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, serão retiradas do local. A Prefeitura realocará as crianças e seus pais para outra área em que não haja contato ou proximidade com o consumo de drogas.

“Falei com a Luciana Temer (secretária municipal de Assistência Social) para que as mães com os filhos sejam realocadas para um local um pouco mais distante e segregado dos homens adultos, para que não haja esse tipo de problema”, disse Haddad.

O jornal O Estado de S.Paulo mostrou em sua edição impressa desta sexta-feira que dezenas de crianças estão vivendo “sitiadas” nos quartos dos hotéis alugados pela Prefeitura para abrigar dependentes químicos da Cracolândia. A reportagem mostrou que elas passam o dia trancadas em seus quartos, isoladas pelo consumo de crack dos vizinhos.

Haddad acrescentou que enfrenta dificuldades em razão do fim do contrato emergencial firmado com uma ONG para administrar o programa. “Nós estamos em uma difícil transição de uma ONG, que foi contratada no começo do ano em caráter de emergência, para uma que está sendo contratada por licitação. E essa transição está nos criando problemas”, disse.

No total, 31 crianças vivem nos locais, segundo a Prefeitura, e 45, conforme o proprietário dos hotéis, Manoel Souza. Segundo os moradores, todas as crianças têm vagas em creches e escolas da região. O problema é a falta de condições de higiene nos hotéis onde elas estão vivendo.

Nesta quinta-feira, 04, um dos hotéis, na Alameda Barão de Piracicaba, estava com corredores escuros e com sacos de lixo acumulados em um canto e um cano de água estourado, vazando pelo corredor. Moradores também relataram a presença de ratos e insetos.

Além disso, o prefeito informou que há relatos de casos de furtos no interior dos hotéis. Para combatê-los, a Prefeitura cogita acionar a Guarda Civil Metropolitana. “Estamos discutindo a possibilidade de botar a Guarda civil Metropolitana mais intensivamente, não apenas na região, mas nas portas dos hotéis para impedir a entrada de pessoas estranhas aos programas, que são as que causam o problema”, disse.

Avaliação

Questionado sobre a avaliação que faz após sete meses do programa, Haddad disse enxergar uma grande evolução. “Sempre haverá espaço para melhorar. Mas, se nós compararmos o que está sendo feito neste ano com o que foi feito nos anos anteriores, a mudança é da água para o vinho”, disse.

O prefeito informou que o método adotado continuará em vigência. “Nós vamos insistir na política de atendimento humanitário às pessoas”, declarou. “E, se houve problemas com a ONG, é por isso que houve um chamamento público para a sua substituição.”