Geral

Defensoria cobra na Justiça provas de segurança do Enem

Defensoria cobra na Justiça provas de segurança do Enem Defensoria cobra na Justiça provas de segurança do Enem Defensoria cobra na Justiça provas de segurança do Enem Defensoria cobra na Justiça provas de segurança do Enem

A Defensoria Pública da União (DPU) cobrou na Justiça provas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado em segurança. Parlamentares também entraram com ação no Ministério Público Federal contra o presidente do Inep e solicitaram auditoria do Tribunal de Contas da União. A prova será aplicada para 3,1 milhões neste domingo e no próximo.

Na ação civil pública, a DPU questiona medidas adotadas “para que a saída de servidores que atuavam diretamente no Enem não coloque em risco a segurança do exame contra vazamento de informações e contra fraudes”. A DPU deu prazo de 24 horas para resposta. Também indaga se houve ingresso de pessoas em áreas restritas, com acesso a itens da prova, e se foram excluídas questões em razão do assunto. Para o defensor público federal João Paulo Dorini, a credibilidade do Enem é “colocada em xeque por atos e falhas dos órgãos da administração pública federal”. A ação destaca, como o Estadão mostrou ontem, que foram retiradas 24 questões após “leitura crítica”.

Ainda ontem, um grupo de nove deputados federais protocolou ação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Inep, Danilo Dupas, pedindo que o MPF os investigue por improbidade administrativa. Eles também pedem punição a agentes públicos envolvidos no “controle ideológico” do Enem. No Senado, foi aprovado pedido para que o TCU verifique a “capacidade operacional” do Inep.

INEP

Já Dupas negou ontem interferência e disse ser “comum” a adição e retirada de questões. No Senado, afirmou que a demissão coletiva de servidores ocorreu por mudanças em gratificações e discordâncias sobre a volta ao trabalho presencial. Ontem, 23 servidores manifestaram, em carta a diretores do Inep, apoio a colegas que pediram exoneração.

Segundo Dupas, nem ele nem Ribeiro tiveram acesso às provas. “É comum, durante a montagem, que tenha itens que sejam colocados e retirados, justamente para garantir o nivelamento.” Já Ribeiro defendeu que as mudanças na prova foram feitas “de forma colegiada” e afirmou que a presença de um perito da Polícia Federal na sala em que a avaliação é desenvolvida foi para “gestão de logística”.

“Ora, se existe uma instituição que ajudou a sanear o Brasil em termos de ética, num passado recente, foi a Polícia Federal.” Dupas também comentou. “O Inep tem sim chamado tanto a PF ou outra… A Abin (Agência Brasileira de Inteligência).”(Colaboraram João Ker e Leon Ferrari)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.