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Demolição de viaduto depende de permissão da polícia

Demolição de viaduto depende de permissão da polícia Demolição de viaduto depende de permissão da polícia Demolição de viaduto depende de permissão da polícia Demolição de viaduto depende de permissão da polícia

Belo Horizonte, 05/07/2014 – Uma força-tarefa montada para demolir o viaduto que desabou em Belo Horizonte aguarda autorização da Polícia Civil mineira para iniciar os trabalhos para retirada da estrutura da avenida Pedro I, na região da Pampulha. O Viaduto Guararapes ruiu na quinta-feira (3) causando as mortes de duas pessoas, deixando 22 feridas e interditando completamente a avenida, uma das mais movimentadas da cidade. Até o início da noite de hoje (5), porém, a polícia não havia autorizado a demolição exigindo uma série de medidas para que os trabalhos sejam realizados, além da preservação de partes da obra para a conclusão da perícia já iniciada no local.

Desde o início da manhã de hoje máquinas já estavam a postos para iniciar a demolição da estrutura, que será feita inclusive com uso de máquinas da Construtora Cowan, responsável pela obra. Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), a estrutura poderá ser demolida em 24 horas, de forma mecânica – com o uso de maquinário ao invés de explosivos para cortar o concreto. O uso de explosivos foi descartado por causa da possibilidade de desabamento da outra alça do viaduto, que foi escorada por exigência da polícia para reduzir o risco de colapso, mas que também deverá ser demolida.

Segundo o coordenador da Comdec, coronel Alexandre Lucas, mesmo com a autorização da Polícia Civil o trabalho não será feito “às pressas” nem será realizado à noite para evitar “incômodo” aos moradores do entorno do viaduto. Os imóveis próximos passaram por vistoria, que descartou a possibilidade de desabamento das residências.

Uma das exigências da Polícia Civil é a preservação da área onde foi constatado um afundamento de seis metros de um dos três pilares de sustentação do viaduto. De acordo com Alexandre Lucas, o local está preservado em um raio de dez metros e ficará cercado por tapumes para que apenas os peritos tenham acesso à área.

Para a conclusão da perícia técnica ainda serão necessárias sondagens e análises do solo para tentar confirmar o que levou o pilar a afundar. A estrutura de sete metros era sustentada por cinco estacas de cada lado, com 22 metros cada. Parte dos trabalhos dos peritos é feito com uma espécie de scanner que reproduz a área em três dimensões para facilitar a compreensão do laudo que será elaborado.

Há urgência na demolição do viaduto por causa da necessidade de liberação da avenida Pedro I. Na terça-feira (8), o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, localizado na mesma região onde ocorreu o desabamento, receberá a partida entre Brasil e Alemanha e a avenida é uma das duas únicas vias de ligação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, com o centro da capital.

Ao desabar, o viaduto atingiu um micro-ônibus, um Fiat Uno e dois caminhões. A motorista do coletivo, Hanna Cristina, de 26 anos, e o condutor do Uno, Charlys Frederico Moreira do Nascimento, de 25, morreram na hora.