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Doença surto no RJ não tem nenhum caso registrado no Espírito Santo

Os gatos se contaminam com o fungo ao cavar o solo ou também quando têm contato com vegetais secos ou em decomposição . A doença também é transmitida por arranhões entre os animais

Doença surto no RJ não tem nenhum caso registrado no Espírito Santo Doença surto no RJ não tem nenhum caso registrado no Espírito Santo Doença surto no RJ não tem nenhum caso registrado no Espírito Santo Doença surto no RJ não tem nenhum caso registrado no Espírito Santo
A doença é transmitida ao homem pelo arranhão do gato Foto: Reprodução

A Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro registrou aumento de 400% no número de animais diagnosticados com esporotricose em 2016, em sua maioria gatos. Mesmo com o surto no Estado vizinho,  a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou que não há registros da doença no Espírito Santo.

A esporotricose é um tipo de micose que pode ser transmitira aos humanos e, se não tratada a tempo, pode provocar lesões fatais. 

A doença é causada por um fungo chamado Sporothrix, que vive no solo, em vegetações e cascas de árvore. Além de ser transmitida aos gatos ela também atinge cães. O fungo se aloja nas garras dos animais e é transmitido pelos arranhões.

Nos gatos, as manifestações da esporotricose são variadas. Os sinais mais observados são feridas profundas na pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. 

De acordo com o infectologista Alexandre Rodrigues, a única maneira de contrair a doença de felinos é através das unhas do animal. “O ser humano só se contamina através da arranhadura, quando ele tem contato com o animal doente. Outra forma, que é rara, é quando uma pessoa se corta, por exemplo em um vegetal ou casca de árvore contaminados”, disse.

Nos seres humanos, a doença se inicia com o aparecimento de uma lesão parecida com uma picada de inseto, que pode aumentar de tamanho ou sumir por algum tempo e reaparecer em uma área próxima da primeira. “A doença é uma infecção mais localizada que fica inicialmente limitada à pele. Ela pode evoluir para várias feridas. Em casos mais extremos, o fungo pode atingir a corrente sanguínea”, afirmou.

O estado do Rio de Janeiro registrou surto da doença entre os anos de 2013 e 2016, quando a vigilância sanitária registrou 13.536 atendimentos em animais. Já a secretaria municipal de saúde carioca registrou no ano passado 580 casos em humanos.