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Duas crianças desaparecem todos os dias no ES, diz Polícia Civil

Dados são referentes a 2016, quando 21 crianças foram localizadas. Este ano, nove menores que estavam desaparecidos foram encontrados, segundo a PC

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Polícia Civil registrou uma média de duas crianças desaparecidas por dia no ano passado Foto: TV Vitória

Nesta quinta-feira, dia 25 de maio, é celebrado o Dia Internacional da Criança Desaparecida. No Espírito Santo, segundo dados da Polícia Civil referentes ao ano passado, duas crianças desaparecem todos os dias, em média.

Ainda de acordo com a PC, este ano foram localizadas nove crianças que estavam desaparecidas, sendo cinco do sexo feminino e quatro do masculino. Já no ano passado, 21 menores foram encontrados, sendo oito meninas e 13 meninos.

A musicista Kelly de Almeida conta que sua família já enfrentou essa situação há mais de 50 anos, quando o tio caçula dela foi levado, ainda bebê, por uma mulher que frequentava a casa. Ela disse que soube da história por meio do pai.

“A mulher gostou do meu tio, que era bebezinho na época, e levou. Todo dia minha avó o deixava com essa senhora, depois passava e buscava ele. Um dia minha avó foi buscar meu tio, mas ela tinha ido embora com ele”, contou.

A jovem relata que, entre o sumiço e o reencontro da criança, foram 18 anos de angústia. “Minha avó chorava muito. Todos os dias ela falava: ‘meu João, onde ele está?’ e eles falavam: ‘mãe, lembra o nome da mulher, porque a gente consegue ver alguma coisa’, mas minha avó não lebrava. Até que ela falou: ‘ah, a certidão. Ela foi testemunha’. Aí achou o nome todo dessa senhora, descobriram o endereço dela e foram atrás do meu tio”, contou.

Anos depois do ocorrido, Kelly decidiu dar esperança, em forma de música, a quem convive com o mesmo drama. Ela se uniu a outros jovens da Igreja Adventista, que também familiares desaparecidos, para fazer um documentário sobre o assunto, que tem feito sucesso na internet. 

Um dos integrantes do Ministério Sintonia e que também faz parte do projeto, Rafael Maciel, conta que o objetivo é levar esperança a quem teve algum familiar desaparecido.

“É uma dor gigantesca o que a gente consegue extrair dessas pesoas. Então a gente quer levar para elas a esperança de que existe um Deus que olha por elas e que também sente a dor por elas. E nossa música fala disso”, destacou.