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'É fundamental que os governos tomem ações', diz Observatório do Clima

‘É fundamental que os governos tomem ações’, diz Observatório do Clima ‘É fundamental que os governos tomem ações’, diz Observatório do Clima ‘É fundamental que os governos tomem ações’, diz Observatório do Clima ‘É fundamental que os governos tomem ações’, diz Observatório do Clima

São Paulo – Entrevista com Carlos Rittl, secretário-geral do Observatório do Clima

Qual a relevância desse novo informe da Organização das Nações Unidas?

É importante em vários sentidos. Lembra que estamos passando por uma crise climática grave, com intensificação de eventos extremos, reforçando as mensagens anteriores dos especialistas, de que os governos precisam discuti-la com a urgência que merece uma crise mundial. O posicionamento da ONU também é fundamental para a agenda global do clima, que corre riscos com o atual governo dos Estados Unidos.

Os modelos climáticos são mesmo limitados?

É necessário aprimorar os modelos a fim de obter maior capacidade de projeção e, assim, traçar estratégias de adaptação. Um aspecto novo desse documento é o alerta para um risco cada vez maior de ocorrência de eventos extremos que escapam à capacidade de previsão. Os modelos climáticos evoluíram, mas os desafios se tornaram maiores, como estão mostrando esses fenômenos cada vez mais intensos e frequentes.

O clima já entrou de fato em ‘território desconhecido’?

Sim. Em São Paulo, por exemplo, vimos no ano passado períodos de chuvas muito fortes – o que mostra a urgência de sistemas de monitoramento mais robustos. Desde 2016, até mesmo nosso vocabulário sobre o clima ganhou novos verbetes, como “microexplosões” (fenômeno meteorológico que pode produzir rajadas de até 80 km/h).

Qual a relação do documento da ONU com o Acordo de Paris?

Esse alerta da ONU é fundamental para que os governos tomem ações com responsabilidade proporcional à emergência climática pela qual passamos. Ele reforça a necessidade de desenvolver sistemas sofisticados de monitoramento e implementar o acordo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.