Geral

Egito confirma sentença de morte para mais de 180

Egito confirma sentença de morte para mais de 180 Egito confirma sentença de morte para mais de 180 Egito confirma sentença de morte para mais de 180 Egito confirma sentença de morte para mais de 180

Minya – Um líder espiritual da Irmandade Muçulmana e mais de 180 outros foram sentenciados a morte neste sábado por uma corte egípcia no último julgamento em massa envolvendo a deposição do presidente do país no ano passado. A condenação dada pela corte criminal de Minya é a maior sentença de morte em massa já determinada na história recente do Egito. É a segunda sentença para o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, desde que se iniciou a repressão contra seu grupo.

A corte absolveu outras mais de 400 pessoas no caso enquanto familiares dos acusados choravam ou aplaudiam os veredictos.

O caso surgiu de um ataque contra uma estação policial na cidade de el-Adwa, quando um policial e um civil foram mortos. Ataques similares de vingança ocorreram Egito. As acusações incluíam assassinato, participação em organizações terroristas, sabotagem, posse de armas e ataque a civis.

Inicialmente, o juiz Said Youssef havia sentenciado cerca de 683 pessoas a morte por conta do ataque, depois mandou o caso para a o Grão Mufti, principal liderança espiritual, o qual ofereceu sua opinião e devolveu o caso ao juiz. Advogados dos acusados disseram que planejam recorrer.

Os julgamentos em massa têm sido repreendidos em todo o mundo. Já parte dos egípcios parece aprovar as medidas como forma de acabar com a instabilidade que toma conta do país desde a revolta de 2011 contra o ditador Hosni Mubarak.

“Houve excesso no uso de sentenças de morte recentemente, o que apenas leva a mais violência”, disse o advogado de direitos humanos Negad el-Borai. A Anistia Internacional descreveu o julgamento como “mais um sinal alarmante da crescente politização do judiciário”. O Human Rights Watch chamou o veredicto de “justiça travestida”.

O julgamento desse sábado durou menos de 15 minutos, afirmou um oficial. Apenas 75 acusados foram trazidos para uma prisão anexa ao tribunal, mas não acompanharam a sessão. Fonte: Associated Press.