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Hospital Albert Einstein vai comandar ação em favor do parto natural

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São Paulo – O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) assinaram ontem um acordo de cooperação técnica com o Hospital Israelita Albert Einstein para o desenvolvimento de um projeto-piloto para promover o parto normal e reduzir o número de cesarianas desnecessárias nos hospitais privados do País.

Atualmente, 86% dos partos realizados nos hospitais particulares brasileiros são cesarianas, o maior índice do mundo. A taxa recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 15%. Na semana passada, o ministério e a ANS anunciaram uma série de medidas que seriam colocadas em consulta pública para tornar mais fácil a realização do parto normal nas unidades de saúde particulares.

Estratégia

Ontem, foi a vez da assinatura do acordo que permitirá a criação de um protocolo que estimule o parto natural nos hospitais que aderirem ao projeto encabeçado pelo Einstein. Segundo a ANS, entre as ações que serão testadas no formato-piloto estão a criação de equipes compostas por médicos e enfermeiros obstetras, o uso de recursos para alívio da dor da gestante e o estímulo à presença do acompanhante durante o trabalho de parto.

O projeto será iniciado em fevereiro de 2015 e terá duração de dois anos. Até fevereiro do ano que vem, os hospitais interessados poderão cadastrar-se para participar do projeto. “Não temos uma meta exata de quanto reduzir o número de cesarianas porque isso depende de muitos fatores. O que queremos é reverter a tendência de crescimento desse tipo de procedimento observada nas últimas décadas”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Por meio da parceria, o Albert Einstein será responsável por orientar e capacitar os profissionais das demais unidades participantes, com o objetivo de promover o parto natural.

O acordo terá ainda a participação do Institute for Healthcare Improvement (IHI), que já realizou projeto com metodologia semelhante em hospitais brasileiros, alcançando aumento do número de partos normais. Nessas experiências, a taxa de parto natural passou de 20% para 55%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.