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Embaixador russo critica investigação do voo MH17

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Nações Unidas – O embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU) lançou dúvidas sobre a investigação liderada pela Holanda que apura as circunstâncias da queda de uma aeronave da Malaysia Airlines no território ucraniano controlado por rebeldes. Nesta sexta-feira, o diplomata Vitaly Churkin pediu um novo inquérito acompanhado pela ONU.

Curkin disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que diversos países – sem identificar quais – haviam usado o desastre “para exacerbar tensões internacionais”, culpando os insurgentes pró-Rússia pelo ocorrido sem nenhuma prova concreta e acusando a Rússia “de cometer violações internacionais sérias”.

“Nós achamos que este foi um ato de guerra de informações, uma intervenção flagrante que prejudicou a investigação do incidente, além de uma tentativa política de predeterminar os resultados da apuração”, acusou.

O embaixador britânico para as Nações Unidas, Mark Lyall Grant, disse que a Rússia estava tentando comprometer as “investigações independentes credíveis” em curso. A embaixadora da Lituânia, Raimonda Murmokaite, destacou que “nenhum país tem duvidado” da investigação liderada pela Holanda.

Holanda, Austrália e Malásia, os países que perderam mais cidadãos no incidente que matou 298 pessoas, assim como os Estados Unidos e outros membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas apoiaram a investigação internacional liderada pelos holandeses, que envolveu dezenas detetives.

O diplomata russo, que convocou a reunião do conselho, disse que o conselho precisa resolver “uma série de questões espinhosas”, incluindo o estabelecimento de uma suspensão de todas as atividades militares no local do desastre e a promoção de “um acesso rápido e seguro” aos investigadores. Ele afirmou que a resolução adotada após a queda do voo MH17 pedia que a ONU determinasse possíveis ações para apoiar a apuração, mas que nenhum resultado havia sido produzido ainda.

Ele acrescentou que as Nações Unidas e o conselho terão que pensar sobre a possibilidade de estabelecer um representante especial do secretário-geral, Ban Ki-Moon, para a questão do desastre.

O chefe da equipe holandesa que coordena a investigação criminal disse na semana passada que, “muito provavelmente”, o avião havia sido derrubado por um projétil disparado do solo. O relatório do Conselho de Segurança holandês não apontou nenhum responsável pelo incidente. Fonte: Associated Press.