Com o intuito de promover um ambiente sustentável, o Espírito Santo desenvolverá, pela primeira vez, um biodigestor para transformar resíduos orgânicos em biogás. O projeto será abastecido com materiais orgânicos do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
A iniciativa é do Instituto Kiri, pensado para incentivar o desenvolvimento sustentável e inclusivo nas indústrias capixabas, em parceria com o Governo do estado, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTI).
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Segundo a engenheira química e presidente do Kiri, Simone Klein, o biodigestor irá decompor materiais orgânicos como restos de comida, resíduos agrícolas ou esterco, e transformá-los em biogás, por meio de um processo chamado digestão anaeróbica.
O biogás produzido a partir dessa transformação será utilizado como uma fonte de energia renovável, visando gerar energia-biogás e biofertilizante.
“Hoje, de acordo com o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do estado, não há uma sistemática funcional que trate adequadamente a disposição de resíduos sólidos urbanos. Há o predomínio do uso de aterros sanitários. Queremos mudar essa realidade e transformar o Espírito Santo em uma referência quando o assunto for geração de biogás”, disse.
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Coleta de energia
O primeiro passo desse projeto será recolher e selecionar os restos orgânicos originados a partir do RU da Ufes, em Goiabeiras, e gerar energia a partir dessa coleta sustentável.
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Na sequência, o mesmo modelo poderá ser replicado para os campus de Maruípe, Alegre, Linhares e São Mateus.
“No segundo momento, pretendemos expandir esse formato para as escolas públicas e para o Instituto Federal do ES (Ifes)”, detalhou Klein.
Ainda segundo a presidente, a partir de 10 quilos de resíduo orgânico, os biodigestores podem gerar até sete horas de biogás por dia.
