Madri – A polícia da Espanha e a do Marrocos prenderam quatro supostos membros de uma célula extremista que buscava recrutar combatentes para o Estado Islâmico. Entre os suspeitos há um ex-preso de Guantánamo que lutou com militantes no Afeganistão.
Três pessoas foram detidas no enclave espanhol de Ceuta, no norte africano, enquanto um marroquino foi detido na cidade de Farkhana, na fronteira do Marrocos e perto de Melilla, outro enclave espanhol no norte africano, segundo comunicados dos Ministérios de Interior dos dois países.
Um dos detidos em Ceuta era um ex-preso da prisão norte-americana de Guantánamo que não foi nomeado por autoridades espanholas, mas foi descrito como “um líder treinado para lidar com armas, explosivos e táticas militares”. Outro era o irmão de um extremista que realizou em 2013 um ataque suicida contra militares sírios, segundo o comunicado do Marrocos.
Os suspeitos haviam estabelecido contatos para adquirir armas e materiais para fabricar bombas, com o objetivo de realizar ataques terroristas em território espanhol, segundo o comunicado de Madri. Não foram especificados possíveis alvos.
A polícia espanhola prendeu cerca de 100 supostos extremistas islâmicos no ano passado e mais de 600, no total, desde os ataques de 2004 em Madri que mataram 191 pessoas e deixaram quase 2 mil feridos. Fonte: Associated Press.