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Especialista aprova mudança no pedágio da 3ª Ponte, mas diz que eficácia só será vista na prática

A partir do próximo domingo, apenas um sentido da ponte terá cobrança de pedágio

Especialista aprova mudança no pedágio da 3ª Ponte, mas diz que eficácia só será vista na prática Especialista aprova mudança no pedágio da 3ª Ponte, mas diz que eficácia só será vista na prática Especialista aprova mudança no pedágio da 3ª Ponte, mas diz que eficácia só será vista na prática Especialista aprova mudança no pedágio da 3ª Ponte, mas diz que eficácia só será vista na prática
Foto: Divulgação
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Atualmente, o pedágio é cobrado a R$ 1 nos dois sentidos. / Foto: Reprodução TV Vitória

Com o trânsito constantemente lento em diversos horários na Terceira Ponte, o Governo do Estado decidiu alterar o sistema de cobrança de pedágio. A mudança pegou alguns capixabas de surpresa, mas eles viram com bons olhos. 

A partir de domingo (17), apenas quem sair de Vila Velha e seguir para Vitória pagará o pedágio, que de R$ 1 passará para R$ 2.

Os estudos foram realizados pela Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop) em conjunto com a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP). Para o especialista em direito de trânsito, Paulo André Cirino, a mudança é interessante, mas que a eficácia só será vista na prática.

“É uma medida que faz sentido e acho importante o governo e as prefeituras pensarem em opções para melhorar a mobilidade urbana. É um teste positivo, mas é na prática que vamos ver o que funciona e o que precisa ser melhorado, assim como aconteceu com a Linha Verde em Vitória”, destacou o especialista.

A empresária Barbara Cassali contou que, como mora em Vila Velha e possui lojas em Vitória, precisa ir e voltar das duas cidades todos os dias. Para ela, essa mudança pode ajudar muito. 

“Todo dia, vou de Vila Velha para Vitória e depois volto para casa. Sempre pego muito trânsito na volta e hoje não tem horário para engarrafamento. O pico é sim entre às 17h e 18h. Nesse horário fica tão complicado que até que possui a tag como eu não consegue passar. Acredito que isso vai melhorar, pois com as cancelas liberadas o trânsito fluirá melhor”, disse.

A professora Christina Gondim, que também passa pela Terceira Ponte todos os dias, aprovou a mudança. Ela disse que muitas vezes, além do grande fluxo, as pessoas não se preocupam em separar o dinheiro para agilizar na hora de passar no pedágio. 

“Hoje com a cobrança na cancela e o descaso de motoristas que não deixam o dinheiro separado, perdemos muito tempo. Eu pago via cartão de crédito e tenho tag, e mesmo assim o trânsito para, ou por falha na cancela, ou por pessoas sem tag que insistem em passar”, contou.

Melhorias

O especialista destacou que, como Vitória não tem como aumentar as vias, é necessário que estudos sejam feitos e medidas sejam pensadas para que os engarrafamentos pelo menos diminuam. Além disso, ele também citou alguns projetos que poderiam melhorar o trânsito, mas que não vão para frente.

“Eu acredito que vai chegar um momento que a cidade não vai suportar mais a quantidade de veículos por conta de vários fatores que se juntam. A cidade não tem para onde crescer em vias. A travessia por balsa poderia melhorar a rotina de quem está sempre em Vitória e Vila Velha, mas é uma medida que nunca vai para frente. A quantidade de carros e motos vendidos aumentam a frota. Além disso, muitos carros ficam mais velhos, e com veículos que não tem condições de transitar e não são retirados o trânsito também é prejudicado. Qualquer coisa que acontece para a cidade inteira”.

Segundo Cirino, outras medidas poderiam ser estudadas e também implantadas para melhorar essa situação. O especialista destacou ainda a melhoria do transporte público como um ponto muito importante. 

“Fazer rodízio de veículos na cidade e incentivar a carona solidária pode ajudar, mas nós deveríamos ter um transporte público de qualidade. Se o cidadão tiver a condição de saber que vai sair e pegar um ônibus na hora marcada, com conforto e qualidade, ele vai preferir deixar o carro em casa a pagar um combustível alto”, afirmou.