Em 13 anos, o número de carros de passeio que circulam no Espírito Santo cresceu 2,5 vezes: de 344 mil em 2002 para mais de 876 mil no ano passado. Já a inclusão das motocicletas no trânsito aumentou mais de quatro vezes – de 100 mil para 409 mil – no mesmo período. No total, carros, motos, caminhões e ônibus constituem, atualmente, uma frota de 1,7 milhão de veículos.
Os números, apresentados no Anuário do Transporte da Confederação Nacional do Transporte, mostram o crescimento da frota de automóveis nas ruas do Estado e o desafio do poder público para manter a mobilidade urbana.
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De acordo com o Departamento de Estradas e Rodagem do Espírito Santo, o Estado possui a média de um carro para cada cinco habitantes e uma moto para cada dez pessoas.
Para o arquiteto e urbanista Tarcísio Bahia, os dados apontados no anuário refletem a ineficiência do transporte público do Espírito Santo. “Na inexistência de um transporte público de qualidade, a população busca resolver o problema comprando um carro”, afirmou.
O diretor de Engenharia do DER-ES, Gustavo Perin de Medeiros, destacou que a melhoria do transporte público, com a criação de faixas exclusivas para ônibus na Grande Vitória “pode ser a saída para inverter a lógica do transporte individual”.
Perin ressaltou também que algumas obras, como a da Rodovia Leste-Oeste e do Contorno do Mestre Álvaro, são prioritárias ao Governo para melhorar a mobilidade urbana. A expectativa é de que, além de permitir o transporte de cargas e passageiros, o contorno do Mestre Álvaro promova a retirada do trânsito de veículos pesados do perímetro urbano da Serra e da entrada norte de Vitória, trazendo mais segurança e mobilidade para a população.
