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Estudantes decidem manter ocupação da UFRJ por tempo indeterminado

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Rio – Os cerca de 100 estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que ocupam desde a quinta-feira a reitoria, na Ilha do Fundão, decidiram, em assembleia, continuar por lá por tempo indeterminado. Eles lutam pela melhoria das condições físicas da universidade e pelo imediato pagamento dos funcionários terceirizados, em especial os das áreas de limpeza e da segurança, atrasado desde março.

Depois de se reunir com alunos e com decanos, o reitor, Carlos Levi, anunciou nesta sexta-feira que os 54 mil alunos ficarão sem aulas na segunda-feira, como um protesto pelo atraso nos repasses dos salários – segundo ele, provocado pelo fato de a empresa contratada, a Qualitécnica, não ter “honrado seus compromissos”.

Levi disse que a paralisação pode ser prorrogada. Ele considerou a ocupação da reitoria “positiva”. Para a segunda-feira, às 16 horas, está marcada reunião entre ele, diretores e alunos. O Estado procurou a Qualitécnica mas nenhum funcionário atendeu o telefone.

“Não tem como a universidade funcionar sem que os funcionários recebem os salários. A universidade não pode ser conivente com esse regime de trabalho. A responsabilidade pela contratação da empresa foi da reitoria, ela é que tem que se responsabilizar pelo pagamento, assim como o governo, que está cortando verbas para a educação. Ninguém é santo”, disse o estudante Julio Anselmo, que estuda Filosofia e integra o Diretório Central dos Estudantes.

Segundo o grupo acampado, a mobilização já teve dois resultados: a abertura do edital do auxílio-moradia, que é pago aos estudantes que têm renda familiar per capita de menos de um salário mínimo, em junho, com promessa de pagamento em julho, e a realização de um censo para levantar quantos são os moradores dos alojamentos, necessária para a formulação de políticas para melhorar suas condições, lotadas e precárias.