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Vazamento de gás causou desabamento em prédio de Vila Velha, conclui perícia

O vazamento de gás, associado a pressão criada pela explosão, causou o desabamento do imóvel

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Foto: Lucas Pisa/TV Vitória

Mais de dois meses após o desabamento de um prédio que matou três pessoas da mesma família no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, o Corpo de Bombeiros concluiu que uma explosão química devido a vazamento de gás teria ocasionado o desabamento do imóvel.

Na manhã desta terça-feira (05), a equipe do Departamento de Investigação, Pesquisa e Prevenção de Incêndios (DepIPPI) realizou uma coletiva de imprensa para detalhar o ocorrido. 

Segundo um dos peritos, capitão Loreto, o incidente foi provocado por uma explosão química ocasionada pelo vazamento de gás liquefeito de petróleo, seguida do colapso da estrutura do imóvel.

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No local, foram encontradas duas botijas de gás do tipo P-13. Segundo os bombeiros, uma delas estava vazia e a outra cheia. Não foi possível definir a causa do vazamento e o que causou a ignição, isto é, a primeira chama. 

“Não foi possível afirmar categoricamente qual foi a fonte ígnea, mas no ambiente foram encontradas diversas fontes de ignição que são potencialmente capazes de transferir calor suficiente para iniciar a reação de combustão da mistura explosiva, dando origem a deflagração do GLP”. 

O momento exato em que ocorre a explosão foi registrada por câmeras de segurança da região. Nas imagens obtidas em primeira pela equipe de reportagem do Balanço Geral ES, da TV Vitória/Record TV, é possível ver uma grande nuvem de fogo. Assista abaixo:

Infiltração e outros fatores podem ter favorecido desabamento de prédio em Vila Velha

Segundo a perícia, alguns fatores podem ter colaborado com o colapso do imóvel após a explosão do gás. Uma delas é a presença de infiltração em locais do prédio. Fotos cedidas pelos familiares mostram os locais afetados no imóvel. Veja:

Outros fatores, segundo os bombeiros, também podem ter favorecido o desabamento. São eles: 

– baixa ventilação do ambiente;
– baixo volume do ambiente;
– densidade de vapor do GLP do combustível maior que a do ar;
– estrutura da edificação foi sendo alterada ao longo do tempo e isso pode ter contribuído para o aumento de carga da edificação sobre as estruturas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o imóvel não tinha um engenheiro responsável pela construção do imóvel.

Durante a coletiva, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Cerqueira, agradeceu o apoio dos órgãos da Prefeitura de Vila Velha, a colaboração dos moradores da região do acidente e o trabalho da imprensa no dia do desabamento.

Relembre o caso: três pessoas morreram após prédio desabar

O prédio de três andares desabou após uma explosão no feriado de Tiradentes, no dia 21 de abril. Três pessoas da mesma família, sendo pai, filha e neta, foram encontradas mortas após quase 19 horas de resgate. A explosão também afetou 17 residências vizinhas e 41 moradores.

Foto: TV Vitória

A única sobrevivente da tragédia foi Larissa Morassuti, de 37 anos, que chegou a ser internada, mas já se recuperou. 

Na explosão, morreram o pai dela, Eduardo Cardoso, de 68 anos, a irmã Camila Morassuti, de 33, e a filha da Camila, Sabrina Morassuti, de apenas 15 anos.

Operação de resgate durou quase 19 horas

Larissa foi a primeira a ser resgatada. A irmã dela foi localizada cerca de três horas depois. Camila chegou a ser levada para uma ambulância do Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Foto: Montagem / Folha Vitória

Logo depois, os bombeiros conseguiram localizar a filha de Camila. Sabrina chegou a conversar com a equipe de resgate durante um período, na parte da tarde, mas depois não fez mais contato com os bombeiros. As equipes conseguiram resgatá-la à noite, mas foi constatado que a adolescente já estava sem vida.

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Durante a madrugada de 22 de abril, após quase 19 horas de buscas, foi localizado o corpo de Eduardo Cardoso, pai de Larissa e Camila, que era o proprietário do imóvel que desabou.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros

Produtor web

Gabriel Barros é jornalista formado pelo Centro Universitário Faesa e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2018 no jornalismo capixaba. Em 2020, passou a integrar a equipe do jornal online Folha Vitória, em coberturas sobre o cotidiano das cidades do Estado, política e cultura.

Gabriel Barros é jornalista formado pelo Centro Universitário Faesa e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2018 no jornalismo capixaba. Em 2020, passou a integrar a equipe do jornal online Folha Vitória, em coberturas sobre o cotidiano das cidades do Estado, política e cultura.