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Extremistas do Boko Haram matam cerca de 90 civis em Camarões

Extremistas do Boko Haram matam cerca de 90 civis em Camarões Extremistas do Boko Haram matam cerca de 90 civis em Camarões Extremistas do Boko Haram matam cerca de 90 civis em Camarões Extremistas do Boko Haram matam cerca de 90 civis em Camarões

Yaoundé, Camarões – Extremistas do Boko Haram mataram cerca de 92 civis e deixaram 500 feridos num confronto que ainda estava acontecendo nesta quinta-feira, numa cidade de Camarões que faz fronteira com a Nigéria, informaram autoridades camaronesas.

Cerca de 800 extremistas islâmicos que atacaram a cidade de Fotokol “queimaram igrejas, mesquitas e vilas e assassinaram jovens que se recusaram a juntar-se a eles para lutar contra as forças camaronesas”, disse o ministro da Informação Issa Tchiroma Bakari.

Os insurgentes nigerianos também saquearam comida e roubaram gado durante os confrontos que tiveram início na quarta-feira e continuavam hoje, informou Bakari à Associated Press.

O Boko Haram usa civis como escudos, o que torna difícil o confronto com seus combatentes, embora reforços tenham chegado a Fotokol, segundo o porta-voz militar, coronel Didier Badjeck.

Escolas também têm sido destruídas pelos insurgentes. Boko Haram significa “educação ocidental é proibida” na língua hausa.

Centenas de insurgentes foram mortos na quarta-feira. Nos combates, 13 soldados chadianos e seis camaroneses perderam suas vidas, informou o ministro da Defesa camaronês Edgard Alain Mebe Ngo. Pelo menos 91 civis foram mortos e a maioria dos 500 feridos não podia ser levada rapidamente para hospitais, disse ele. Não havia maneira de verificar de forma independente as afirmações.

Acredita-se que os combatentes entraram em Camarões por Gamborul, cidade nigeriana na fronteira que desde novembro é um reduto do grupo. Gamboru foi retomada no início desta semana e os combatentes expulsos por ataques aéreos do Chade e da Nigéria e por tropas chadianas em solo.

Autoridades da União Africana finalizam nesta quinta-feira um plano para a formação de uma força multinacional para combater as ações do Boko Haram, embora existam dúvidas sobre quem fornecerá recursos para que o projeto vá adiante. Nesta semana, a União Africana autorizou a formação de uma força de 7.500 soldados da Nigéria, Camarões, Chade, Níger e Benin.

Graduados funcionários do departamento de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) participam da reunião, que acontece em Yaoundé, capital de Camarões.

Os africanos querem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU e recursos para a missão, disse na quarta-feira um funcionário da ONU, pedindo anonimato.

O presidente da França, François Hollande declarou nesta quinta-feira que seu país vai ajudar com o envio de armas, apoio logístico e operações para o esforço multinacional. Em coletiva de imprensa realizada em Paris, ele não chegou a dizer se a França vai se envolver nas ações militares. A França tem uma grande base aérea em N’Djamena, capital do Chade, país que vai liderar a força multinacional. Fonte: Associated Press.