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Facebook bloqueia Maduro por defender remédio ineficaz

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O Facebook suspendeu por um mês a página do presidente venezuelano Nicolás Maduro, por violar as políticas contra a divulgação de informações falsas sobre a covid-19 e promover um remédio que ele afirma, sem evidências, ser capaz de curar a doença.

Maduro descreveu o Carvativir, uma solução oral derivada do tomilho, erva com usos medicinais e ornamentais, como um medicamento “milagroso” que neutraliza o coronavírus e não apresenta efeito colateral. Não há comprovação científica que apoie a versão. O presidente venezuelano diz que o Carvativir, chamado por ele de “gotas milagrosas” do médico venezuelano do século 19, José Gregorio Hernández, beatificado pela Igreja Católica Romana, pode ser usado preventiva e terapeuticamente contra a covid-19.

O Facebook retirou do ar um vídeo no qual Maduro promove o medicamento, por violar uma política contra alegações falsas “de que algo pode garantir a prevenção contra covid-19 ou pode garantir a recuperação da covid-19”. A plataforma acrescentou: “Seguimos a orientação da Organização Mundial da Saúde que diz que hoje não há medicamento para curar o vírus. Em razão de repetidas violações de nossas regras, também estamos congelando a página por 30 dias, durante os quais ela será somente leitura”. A conta de Maduro na plataforma de compartilhamento de fotos Instagram, propriedade do Facebook, não será afetada.

Maduro já havia criticado o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, por não ter sido autorizado a publicar vídeos nos quais falava sobre o medicamento. “Eles censuram todos os vídeos nos quais eu mostro o Carvativir”, argumentou o mandatário em 2 de fevereiro. “Quem manda na Venezuela, o dono do Facebook? Quem manda no mundo, o dono do Facebook? Abusadores. Zuckerberg, tremendo abusador. O mundo tem de refletir sobre os abusos das redes sociais. São pessoas multimilionárias que querem impor as suas verdades, as suas razões, os seus abusos ao mundo”, acrescentou.

A Organização Pan-Americana de Saúde e a Academia Nacional de Medicina da Venezuela pediram em vão ao governo do país a divulgação de estudos que comprovem a eficácia do Carvativir. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.