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Falta de recursos pode comprometer obras licitadas, diz Haddad

Falta de recursos pode comprometer obras licitadas, diz Haddad Falta de recursos pode comprometer obras licitadas, diz Haddad Falta de recursos pode comprometer obras licitadas, diz Haddad Falta de recursos pode comprometer obras licitadas, diz Haddad

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta terça-feira que obras licitadas pela Prefeitura podem ser comprometidas por falta de recursos municipais.

“O principal impedimento é esse: a Prefeitura não ter a contrapartida para obras que estão contratadas. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não adianta recursos, reembolsa recursos”, afirmou o prefeito. “Se não tem capital de giro para trocar a obra e ser reembolsado, pode comprometer o custeio da cidade, tem as obras licitadas e não pode iniciá-las em função dessa dificuldade.”

Obras de drenagem e de mobilidade urbana, como corredores de ônibus, dependem dos recursos do PAC. Como o Estado publicou, até agora, a capital recebeu só R$ 418 milhões dos R$ 8,1 bilhões anunciados pela presidente Dilma Rousseff (PT) para São Paulo. Sem a verba do PAC, os principais projetos ficam paralisados.

De acordo com Haddad, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) definiu em reunião nesta segunda-feira, 23, que vai cobrar um posicionamento da presidente Dilma sobre a demora na regulamentação da lei de renegociação da dívida de Estados e municípios. O encontro da FNP com o governo federal deve ocorrer até abril, depois da posse da nova diretoria, que, segundo Haddad, pode ter o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), como candidato a presidente.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), ganhou liminar na Justiça nesta terça-feira para obrigar o governo federal a cumprir a lei. Haddad explicou que a situação do Rio é “peculiar” porque a dívida seria liquidada no final de março. “Qualquer coisa que ele (Eduardo Paes) pagar a mais do que isso (a dívida), vai estar pagando indevidamente porque o estoque da dívida dele acabou.” O prefeito de São Paulo descartou um “antagonismo” político na postura de Paes: “É um dever do prefeito. Todos os prefeitos farão o mesmo: vão defender os interesses da cidade”.

Com a regulamentação da lei, o alívio de fluxo para a cidade de São Paulo é de R$ 1,4 bilhão por ano, disse Haddad. “Não se está pedindo mais do que foi aprovado e sancionado. A mera aplicação da regra da lei complementar garantiria mais investimentos numa cidade que investe metade do que deveria em termos per capita”, afirmou.

Com a regulamentação da lei e a consequente revisão do estoque da dívida, São Paulo poderá abater R$ 26 bilhões, reduzindo de R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões.