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Protesto no Centro deixa trânsito complicado na volta para casa do capixaba

O objetivo da caminhada é chamar a atenção das autoridades para os altos índices de mortalidade de negros no país. Segundo o IBGE morrem muito mais negros do que brancos anualmente no Brasil

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A marcha, que saiu do Tancredão, seguiu com destino ao teatro Glória e retornará pelas avenidas Jerônimo Monteiro e Florentino Avidos com destino ao Museu do Negro Foto: ​Luana Rebouças

O retorno para casa no início da noite desta sexta-feira (22) foi complicado para quem precisou passar pelo Centro de Vitória. Uma marcha contra o genocídio do povo negro ocupou uma das faixas da da avenida Elias Miguel, o que causou lentidão no trânsito na via. 

A marcha, que saiu do Tancredão, seguiu em direção ao teatro Glória e passou pelas avenidas Jerônimo Monteiro e Florentino Avidos com destino ao Museu do Negro, onde foram realizadas diversas apresentações culturais.

O manifestante Adriano Monteiro informou que esta é a segunda Marcha Internacional Contra o Genocídio do Povo Negro, porém a primeira vez no Espírito Santo. “Esta marcha está acontecendo em 18 capitais e 15 países como Colômbia, Bolívia e Estados Unidos para o fim do extermínio da juventude negra e contra os índices de mortalidade de pessoas negras”.

Entre os diversos casos de homicídio que foram registrados na Grande Vitória esta semana estão jovens negros. Na noite de segunda-feira (18), um jovem de 19 anos foi executado a tiros no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha.

Na mesma noite, um ex-presidiário de 24 anos morreu baleado em Maria Ortiz, Vitória. Na terça-feira (19) foi a vez de um homem de 29 anos assassinado com 20 tiros em Valparaíso, na Serra. Na mesma noite, outros três jovens, entre 17 e 28 anos, levaram tiros no bairro Alecrim, em Vila Velha. Os crimes tem características semelhantes: homens jovens de periferia, a maioria negros. Esse é o cenário do mapa da violência no Estado que a marcha luta para mudar.

O objetivo da caminhada é chamar a atenção das autoridades para os altos índices de mortalidade de negros no país. Segundo o IBGE morrem muito mais negros do que brancos anualmente no Brasil, isso em situações de homicídio, suicídio e acidentes. A diferença é de mais de cem por cento.