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'Fomos ao Conselho Tutelar, mas eles não fizeram nada', diz tia sobre criança morta por desnutrição

A família contou que chegou a acionar o Conselho Tutelar e dizer que pegariam a criança. Segundo a avó, o órgão disse que isso seria um crime

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Foto: Reprodução

A família da pequena Pyetra dos Santos Reis, de 3 anos, que levada sem vida e com lesões graves pelo corpo na madrugada desta quinta-feira (01), para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina, na Serra, alega que, antes de ser morta, a menina já apresentava sinais de maus tratos.

A tia da criança, Emanuele Pinto dos Santos, contou que uma parente deles contou que a menina estava sendo maltratada e até o Conselho Tutelar foi acionado. “Ela morava com a gente e do nada ela saiu e foi morar com eles. Uma parente dele veio aqui e falou que ela estava senho maltratada. Pedimos para a gente ficar com a neném, mas ela não quis dar. Fomos no Conselho Tutelar e falamos isso, mas eles não fizeram nada”, contou.

Pyetra chegou morta na UPA da Carapina. A mãe da criança, que foi quem a levou ao hospital, alegou que ela e o padrasto da menina estavam brincando com a vítima quando ela teria passado mal. No entanto, policiais foram informados pela unidade que o corpo da criança estava com sinais de rigidez cadavérica, além de lesões graves e desnutrição. O casal foi encaminhado para a delegacia.

Segundo os familiares, a menina já enfrentava problemas de agressão com a mãe e o padrasto há muito tempo. Mesmo tendo apenas 3 anos, nos dois anos que convivia com o padrasto, a menina aparecia sempre machucada. Sabendo disso a avó da menina contou que tentou pegá-la algumas vezes, mas foi informada pelo Conselho Tutelar que ela não poderia fazer isso, pois seria um crime. O que a avó não imaginava era que a neta acabaria morta.

De acordo com os conselheiros que atendem a região, não há nenhum registro de ocorrência no endereço onde os pais das crianças moravam.

A tia da criança contou que ficou revoltada com tudo o que aconteceu. Ela disse que chegou a visitar a criança e percebeu que a situação não era das melhores.  “Na semana passada eu fui lá e vi como ela estava, mas eu não podia fazer nada. Estava magra, maltratada. Não estava como uma criança”, desabafou.

A mãe da menina, Alessandra Pinto dos Santos, de 20 anos, e o companheiro Nilson da Silva Santos, de 26, foram encaminhadas para a Delegacia Regional de Laranjeiras.