Geral

Funcionários da fábrica de cimento em Cachoeiro seguem em greve

Eles reivindicam três meses de salário atrasado e o pagamento das parcelas do acordo do pagamento dos salários do ano passado, férias e 13º salários, que estão atrasadas desde o mês de julho

Funcionários da fábrica de cimento em Cachoeiro seguem em greve Funcionários da fábrica de cimento em Cachoeiro seguem em greve Funcionários da fábrica de cimento em Cachoeiro seguem em greve Funcionários da fábrica de cimento em Cachoeiro seguem em greve
Funcionários da fábrica de cimento em Cachoeiro seguem em greve

Os funcionários da Itabira Agroindustrial S/A, a fábrica de cimento Nassau, em Cachoeiro de Itapemirim, seguem em greve por tempo indeterminado por causa do atraso de salários. O movimento teve início na manhã da última quinta-feira (26) e apenas o eletricista e o operador do forno estão trabalhando em decorrência do risco de explosão. Mesmo assim, a promessa dos trabalhadores é de parar quando o silo esvaziar.

De acordo com os funcionários, eles reivindicam três meses de salário atrasados – agosto, setembro e outubro -, além da parcela dos salários atrasados do ano anterior, 13º salário e férias, que está atrasada desde o mês de julho. Desde o início do ano, o salário dos funcionários foi reduzido para 65% após um acordo na Justiça para impedir que os pagamentos ficassem em atraso.

Representantes da empresa ofereceram um acordo no fim da tarde da última quinta-feira (27), mas a proposta não foi aceita e a greve continua. “Estamos passando por necessidades. Muitos estão passando fome, pois dependem desse salário. Outros tiveram que sair do aluguel e ir para casa de parentes, pois não têm condições de pagar o aluguel”, comentou um funcionário, que prefere não se identificar.

Os funcionários contaram ainda que a empresa disse que não tem dinheiro para quitar os salários atrasados. “Saem em média de 50 a 60 mil sacos de cimento por dia da fábrica, então dinheiro eles têm. Alguns colegas procuraram a Justiça para cobrar os direitos e foram mandados embora”, ressalta.

O Sindicato de Trabalhadores de Indústria de Cimento e da Construção Civil notificou a Justiça do município e o Ministério do Trabalho 48 horas antes do início do momento. “A nossa greve é legal. Estamos indo para a fábrica nos horários dos turnos, mas permanecemos no pátio. Só vamos voltar quando recebermos os meses de agosto, setembro e as parcelas do acordo, que estão em atraso”, completa.

A reportagem tentou contato com a empresa, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.