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Greve dos trabalhadores dos Correios permanece por tempo indeterminado no Espírito Santo

A categoria rejeitou, por unanimidade, a proposta apresentada pela ECT. De acordo com os Correios, o atendimento à população capixaba não sofreu impacto até o momento

Greve dos trabalhadores dos Correios permanece por tempo indeterminado no Espírito Santo Greve dos trabalhadores dos Correios permanece por tempo indeterminado no Espírito Santo Greve dos trabalhadores dos Correios permanece por tempo indeterminado no Espírito Santo Greve dos trabalhadores dos Correios permanece por tempo indeterminado no Espírito Santo
A decisão de manter a paralisação foi tomada na manhã desta terça-feira (02) Foto: Divulgação

A greve dos trabalhadores dos Correios no Espírito Santo, que foi iniciada na última quinta-feira (27), permanece por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (02). A categoria rejeitou, por unanimidade, a proposta apresentada pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).

A ECT, propôs, entre outras coisas, manter a decisão de suspender as férias dos trabalhadores e a judicialização da ação que trata do plano de saúde no Tribunal Superior do Trabalho.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Espírito Santo (Sintect-ES), “os trabalhadores não aceitam retrocessos que impliquem na retirada de direitos já conquistados e se mantêm mobilizados contra todos os ataques à classe trabalhadora”. 

Após a assembleia, os grevistas seguiram para o prédio central dos Correios, onde estenderam faixas e aproveitaram para reforçar o protesto contra as ameaças de privatização.

Diversas unidades devem permanecer paralisadas nos próximos dias, quando uma nova assembleia será realizada na quinta-feira (04) para avaliação do movimento.

Outro lado

A assessoria de imprensa dos Correios informou que a empresa ainda aguarda o resultado das assembleias dos trabalhadores que também é realizada em outros Estados. De acordo com os Correios, o atendimento à população capixaba não sofreu impacto até o momento com a paralisação parcial, pois a empresa colocou em prática medidas contingenciais como o remanejamento de efetivo de uma unidade para outra, realização de horas extras e mutirões.

Acordo

Na última segunda-feira (1º), o presidente da empresa, Guilherme Campos, reuniu-se com as representações sindicais para tentar chegar a um consenso.

O acordo prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados, e das novas implantações de medidas operacionais como a Distribuição Domiciliária Alternada (DDA), CDD centralizador, entrega matutina e Organização das Atividades Internas (OAI). Tais medidas serão negociadas em comissão a ser formada com essa finalidade.

Quanto ao plano de saúde, os sindicatos poderão apresentar uma contraproposta. Caso haja acordo com a empresa, os Correios retirarão a solicitação de mediação que haviam feito junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).