Geral

Grupo faz ato público em Vitória homenageando mortos durante paralisação da Polícia Militar

Os manifestantes aproveitaram para cobrar do governo e das instituições do sistema de justiça do Estado o resultado das apurações dos assassinatos

Grupo faz ato público em Vitória homenageando mortos durante paralisação da Polícia Militar Grupo faz ato público em Vitória homenageando mortos durante paralisação da Polícia Militar Grupo faz ato público em Vitória homenageando mortos durante paralisação da Polícia Militar Grupo faz ato público em Vitória homenageando mortos durante paralisação da Polícia Militar
Grupo faz ato público em Vitória homenageando mortos durante paralisação da Polícia Militar
Durante o ato os nomes das vítimas foram lembrados com cruzes fincadas | Foto: TV Vitória

Um grupo de manifestantes realizou, na noite desta terça-feira (27), um ato público na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, para homenagear as pessoas que morreram durante a paralisação da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), em fevereiro de 2017. Os manifestantes aproveitaram para cobrar do governo e das instituições do sistema de justiça do Estado o resultado das apurações dos assassinatos.

O grupo afirma que, após um ano do fim da paralisação da PMES, muitos familiares ainda não tiveram respostas sobre o andamento das apurações dos assassinatos. Além disso, dizem que inquéritos seguem sem qualquer tipo de tramitação nas delegacias e que grande parte dos casos corre o risco de sequer virar processos judiciais.

Durante o ato, os nomes das vítimas foram lembrados, cruzes fincadas e intervenções artísticas representaram o pedido de justiça feito por organizações de movimentos sociais. De acordo com Lula Rocha, coordenador do Círculo Palmarino, o ato é um apelo para que as mortes não caiam no esquecimento e que não fiquem impunes. 

“Não podemos admitir que esse momento triste e emblemático da história do Espírito Santo seja simplesmente apagado da memória dos capixabas. Exigimos respostas do governo e das instituições do sistema de justiça em relação à apuração das mortes e também das medidas adotadas após a greve”, diz lula.

Organizações dos movimentos Negro, Estudantil, Sindical, de Direitos Humanos, Populares, de familiares de vítimas, dentre outros, estiveram presentes na manifestação.

No ato também foi cobrado a abertura de um canal de diálogo com o governo sobre a política de segurança no Estado. “Apesar do impacto causado à população capixaba durante e depois da greve, o governo segue sem dialogar com os movimentos sociais. Eles continuam apostando meramente na repressão que causa graves consequências nas comunidades, além de descrédito nas forças policiais, e negam de forma autoritária e arrogante que a segurança pública no Espírito Santo está um caos”, afirma Rocha.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) para posicionamento acerca das cobranças dos manifestantes. A secretaria informou que abriu inquérito para investigar todos os homicídios registrados no período da paralisação e que parte das investigações foram concluídas e os autores presos.

“No entanto, por falta de preservação do cenário do crime, algumas investigações foram dificultadas. Os casos solucionados já foram remetidos à Justiça e os demais seguem em investigação. Denúncias podem com intuito de colaborar com a polícia podem ser feitas pelo Disque-Denúncia, 181”, disse a secretaria.