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Grupo fecha Paulista em protesto contra mudanças em escolas

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São Paulo – Um grupo de professores, pais e alunos realizou na manhã desta terça-feira, 6, um protesto na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, contra a reestruturação da rede estadual de ensino para que as escolas concentrem apenas um ciclo da etapa escolar. De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes chegaram a bloquear totalmente, por cerca de 30 minutos, a pista sentido Consolação da avenida.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o protesto provocou congestionamento de quase dois quilômetros na região, entre a Praça Oswaldo Cruz e a Alameda Campinas. Depois de fecharem a avenida, os manifestantes seguiram em passeata até a sede da Secretaria de Estado da Educação, na Praça da República.

Segundo os manifestantes, cerca de 500 pessoas se reuniram no protesto desta terça-feira. Eles são contrários à reestruturação e contra o fechamento de escolas, que segundo os manifestantes já teriam sido comunicadas em algumas regiões.

Em nota, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o maior da categoria, disse que o governo estadual pretende fechar até 600 escolas e que “esconde” à comunidade quais são as unidades que serão fechadas. O sindicato é contrário à reestruturação porque defende que os alunos da mesma família terão que estudar em escolas diferentes, além disso eles correm o risco de serem transferidos para unidades longe de sua casa. Ainda segundo o sindicato, a reestruturação deve aumentar ainda mais a lotação das turmas.

Protestos

Duas novas manifestações já estão marcadas contra a reestruturação. Nesta terça-feira, às 13h um grupo de professores e estudantes das escolas da zona norte irá se reunir na Estação Tucuruvi do Metrô e seguirão em passeata até a Marginal do Tietê, segundo a Apeoesp.

Na quarta-feira, às 7h, um grupo de escolas da zona sul irá se concentrar no Campo Grande e depois seguirá em protesto pela região.

Reorganização

Em nota, a Secretaria de Educação disse que o estudo que definirá as escolas para o processo de reorganização ainda não foi finalizado e que nem todas as unidades passarão pelo processo, assim algumas unidades ainda irão funcionar com mais de um ciclo, segundo as necessidades de cada região.

Ainda segundo a secretaria, o plano tem como objetivo “uma educação focada na faixa etária do aluno” e que vai respeitar o módulo com o número máximo de alunos por sala para cada ciclo e que todos os alunos serão transferidos para escolas distantes em até 1,5 quilômetro da unidade em que estuda atualmente.

“No dia 14 de novembro que será realizado o “Dia E”, um megaencontro entre as escolas, pais e responsáveis da rede estadual de ensino, justamente para explicar o novo processo de reorganização. A data será uma boa oportunidade para tirar dúvidas, entender como serão feitas as transferências e quais escolas receberão alunos. A ação acontecerá de forma simultânea em todo o Estado”, disse a secretaria.