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Grupo no Brasil declara apoio ao Estado Islâmico

"Se a polícia francesa não consegue deter ataques dentro do seu território, o treinamento dado à polícia brasileira não servirá em nada", comentaram pelo Telegram

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 Estima-se que façam a segurança durante os Jogos Olímpicos cerca de cinco mil homens da Força Nacional  Foto: Divulgação

Na última semana, a cidade de Nice, na França, vivenciou momentos de terror com o ataque ocorrido. Esse atentado levantou preocupação e fez com que o governo brasileiro adotasse medidas extras de segurança para as olimpíadas, que acontecerão em agosto na cidade do Rio de Janeiro.

Para aumentar ainda mais a preocupação, a especialista norte-americana em monitoramento de atividades terroristas na web Rita Katz, do SITE, divulgou nesta segunda (18), que um grupo extremista no Brasil declarou lealdade ao Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Segundo Katz, esta é a primeira vez que uma organização anuncia aliança com o EI na América do Sul e declara ser submisso ao líder do califado, Abu Bakr al-Baghdadi.

Dentro da rede social Telegram, onde criaram um canal chamado Ansar al-Khilafah Brazil, o grupo fez comentários que se referiam ao apoio que agências internacionais de inteligência estão oferecendo ao governo brasileiro na prevenção de ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio. “Se a polícia francesa não consegue deter ataques dentro do seu território, o treinamento dado à polícia brasileira não servirá em nada”, comentaram.

Por meio de uma postagem no Twitter, a especialista ressaltou que o grupo está espalhando a ideologia extremista aproveitando o momento antes das Olimpíadas. Em maio, o Estado Islâmico criou a versão do Nashir Channel em português para realizar propaganda do califado, também no Telegram.

De acordo com informações do portal R7.com, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ainda não se pronunciou sobre a suposta aliança de um grupo brasileiro ao Estado Islâmico.

Em entrevista a ANSA, o cientista político Heni Ozi Cukier, professor de Relações Internacionais da ESPM, disse qua qualquer ameação precisa ser verificada para se constata a veracidade ou não. Cukier ainda destaca que, caso seja verdadeira, o Brasil precisa aumentar a sua vigilância. “Pode ser só uma oportunidade de aterrorizar antes dos Jogos”, afirmou.

Na última semana, a Assembleia Nacional da França publicou o relatório de uma audição com o chefe da Direção de Inteligência Militar (DRM), general Christophe Gomart, em que o especialista admitia ter informações de que o Estado Islâmico estaria planejando um atentado contra a delegação francesa durante os Jogos.

As Olimpíadas acontecem entre os dias 5 e 21 de agosto. No último domingo, foi realizado mais um treinamento de forças conjuntas para simulação da cerimônia de abertura, que acontecerá no estádio do Maracanã. Estima-se que façam a segurança durante os Jogos Olímpicos cerca de cinco mil homens da Força Nacional de Segurança Pública e 21 mil oficiais das Forças Armadas, além do contingente fixo do Rio de Janeiro.