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Haddad defende constitucionalidade da lei que proíbe foie gras em São Paulo

Haddad defende constitucionalidade da lei que proíbe foie gras em São Paulo Haddad defende constitucionalidade da lei que proíbe foie gras em São Paulo Haddad defende constitucionalidade da lei que proíbe foie gras em São Paulo Haddad defende constitucionalidade da lei que proíbe foie gras em São Paulo

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na tarde desta sexta-feira, 26, que a Prefeitura debateu internamente o projeto de lei que propôs a proibição da produção e comercialização do foie gras (fígado de pato ou de ganso superalimentado) na cidade e que concluiu que não haveria problema de inconstitucionalidade. Assim, o prefeito justificou a sanção à lei mesmo depois de ter havido um parecer contrário da Procuradoria Geral do Município (PGM).

“A procuradoria fez uma primeira interpretação como se fosse uma lei que estivesse regendo o comércio na cidade de São Paulo e na minha visão não se tratava disso. A intenção original do projeto desde sempre foi a questão ambiental”, justificou o prefeito. “Há leis federais que proíbem os maus tratos a animais, portanto, há uma base federal já disciplinada que dá sustentação à pretensão do vereador e da Câmara, que aprovou o projeto por unanimidade, de ver na cidade de São Paulo uma legislação mais dura em relação a isso”, completou.

A PGM havia recomendado o veto à lei por considerar que tratava de temas da esfera federal. O órgão apontou risco de a lei ser considerada inconstitucional por querer regular o comércio em âmbito municipal. “Se provocado, a palavra final é do Judiciário, mas internamente fizemos o debate e descaracterizamos a inconstitucionalidade por ter essa abordagem ambiental”, disse o prefeito.

Haddad admitiu ser ele próprio um apreciador da iguaria, que é criticada por ambientalistas por causar sofrimento aos animais no processo de alimentação forçada. Ele disse, no entanto, que não come tudo o que gosta. “Nem tudo que eu gosto eu consumo. Eu gosto de cigarro, por exemplo, e não fumo.”

O prefeito chegou a ser acusado pelo autor do projeto, vereador Laércio Benko (PHS), de ter encomendado o parecer da PGM para vetar a lei por ser um apreciador do foie gras. Diversos movimentos ligados à causa ambiental e à causa de defesa dos direitos dos animais se manifestaram pedindo ao prefeito a sanção do projeto.