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Incorporadora chinesa Country Garden suspende negociação de títulos onshore após prejuízo

Incorporadora chinesa Country Garden suspende negociação de títulos onshore após prejuízo Incorporadora chinesa Country Garden suspende negociação de títulos onshore após prejuízo Incorporadora chinesa Country Garden suspende negociação de títulos onshore após prejuízo Incorporadora chinesa Country Garden suspende negociação de títulos onshore após prejuízo

Em meio a crescentes dificuldades para cumprir obrigações financeiras, a incorporadora chinesa Country Garden decidiu interromper as negociações de títulos de dívida onshore a partir da próxima segunda-feira, 14, conforme documento protocolado na Bolsa de Shenzhen neste sábado, 12. A imprensa local informou que pelo menos 11 papéis serão suspensos por um período indeterminado.

No comunicado, a empresa informou que pretende convocar uma reunião com credores para definir um acordo de pagamentos. Disse ainda que trabalhará para assegurar a entrega de projetos, além reduzir despesas administrativas e melhorar a eficiência operacional.

“Para lidar com as dificuldades atuais, a holding criou um grupo de trabalho especial, liderado pelo presidente do Conselho de Diretores, para estabelecer um mecanismo de trabalho, coordenar e fazer decisões eficientes”, diz a nota.

A notícia encerra uma semana de notícias negativas para a incorporadora, uma das maiores da China. A companhia estimou prejuízo de US$ 7,6 bilhões no primeiro semestre, com um tombo de 60% nas vendas em julho ante igual mês do ano anterior. Em resposta, a ação despencou quase 6% na Bolsa de Hong Kong ontem e fechou na mínima histórica.

Na terça-feira, a gigante do setor imobiliário perdeu o prazo de pagamento de cerca de US$ 22,5 milhões em juros de dois títulos em dólar. O caso foi citado na decisão da Moody’s de rebaixar o rating da empresa, que enfrenta “liquidez enfraquecida”.

“O rebaixamento reflete os riscos elevados de liquidez e refinanciamento da Country Garden em vista de sua liquidez e flexibilidade financeira deterioradas, necessidades consideráveis de refinanciamento e acesso ainda restrito a financiamento”, informou o vice-presidente sênior da Moody’s, Kaven Tsang.

O episódio levanta paralelos com a crise enfrentada pela Evergrande em 2021. Na época, a endividada incorporadora viu a receita despencar após a China esvair os estímulos que historicamente aplica no setor.