Geral

Itamaraty pede envolvimento da ONU em crise do Afeganistão

Itamaraty pede envolvimento da ONU em crise do Afeganistão Itamaraty pede envolvimento da ONU em crise do Afeganistão Itamaraty pede envolvimento da ONU em crise do Afeganistão Itamaraty pede envolvimento da ONU em crise do Afeganistão

O Ministério das Relações Exteriores cobrou nesta segunda-feira, 16, o envolvimento direto das Nações Unidas e de seu Conselho de Segurança para intermediação e garantia da segurança na crise gerada pelo retorno do Taleban ao poder no Afeganistão.

“O Brasil espera o rápido engajamento das Nações Unidas para o estabelecimento de canais de diálogo e espera que o Conselho de Segurança possa atuar para assegurar a paz na região”, afirmou o Itamaraty. “É essencial assegurar a atuação plena da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA).”

O Itamaraty manifestou “profunda preocupação” com a deterioração da situação no país e com as graves violações de direitos humanos. O governo Bolsonaro relatou “apreensão com o aumento da instabilidade na Ásia Central e seu potencial impacto em outras regiões”.

“O governo brasileiro conclama os atores envolvidos a proteger os civis, respeitar o direito internacional humanitário, garantir o acesso desimpedido da ajuda humanitária e respeitar os direitos fundamentais do povo afegão, em especial de mulheres e meninas”, escreveu a diplomacia, em recado ao novo regime. “É necessário preservar os ganhos obtidos nas últimas décadas em matéria de proteção de direitos humanos, fortalecimento da democracia e desenvolvimento socioeconômico no Afeganistão.”

O Itamaraty confirmou não possuir registro de cidadãos brasileiros residentes ou em trânsito no Afeganistão.

A nota foi o primeiro pronunciamento oficial do governo Jair Bolsonaro sobre a volta dos militantes radicais islâmicos ao controle do Afeganistão, após 20 anos da invasão liderada pelos Estados Unidos e aliados, numa cruzada contra terroristas.

O comunicado da diplomacia brasileira só foi publicado depois de um pronunciamento do presidente norte-americano, Joe Biden. Em declaração pública, Biden reconheceu erros da campanha, mas defendeu a decisão de retirar as tropas militares até então mantidas no país, o que abriu caminho para os insurgentes tomarem o poder em diversas cidades, entre elas a capital, Cabul.