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Joaquim Leite diz que queda em desmatamento mostra 'direção certa' do governo

Joaquim Leite diz que queda em desmatamento mostra ‘direção certa’ do governo Joaquim Leite diz que queda em desmatamento mostra ‘direção certa’ do governo Joaquim Leite diz que queda em desmatamento mostra ‘direção certa’ do governo Joaquim Leite diz que queda em desmatamento mostra ‘direção certa’ do governo

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta terça-feira, 14, que a queda nos alertas de desmatamento verificada nos últimos quatro meses é resultado das ações de combate aos crimes ambientais realizadas pelo governo federal. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Leite disse que, a partir de agosto, o índice tem diminuído e que, nos últimos quatro meses, houve redução de 12% se comparado com o mesmo período do ano passado. Se considerado apenas o mês de novembro, a queda foi de 19%.

Ao todo, foram 249 km² de florestas da Amazônia com alertas de devastação em novembro. O acumulado no ano chega a 8.142 km². Pará, Mato Grosso do Sul e Acre são que mais desmataram no período. “Os números desse novo período, agosto, setembro, outubro, novembro, mostram uma redução de 12%. Isso significa que estamos na direção correta em relação aos números, para que a gente consiga atingir o objetivo, que é eliminar o desmatamento ilegal até 2028”, disse Leite.

O ministro do Meio Ambiente disse que haverá uma atuação mais “contundente” e integrada de sua pasta com o Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa.

Dados do sistema Deter-B, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira, 10, indicam que os 249,4 km² de devastação da Amazônia registrados durante o mês de novembro foram o menor número da série histórica. Embora tenha havido queda em comparação com o mesmo mês do ano passado, 19,45% menor, os alertas de janeiro a novembro deste ano, já somam 8.142 km2.

Ainda que o mês de dezembro não tenha sido computado por completo, este já é o terceiro maior acumulado anual, só perdendo para os dois anos anteriores do atual governo.

“Essa diminuição é importante, mas infelizmente não há motivo para comemorar. Trata-se de um fato pontual que não foi causado por nenhum ato do atual governo. O que temos é a omissão completa no campo ambiental que nos conduziu até aqui, com três anos de taxas de desmatamento recordes acima de 10.000 km2, uma epidemia de garimpos ilegais e invasão de terras públicas, unidades de conservação e Terras Indígenas, tudo isso com a conivência e aprovação do palácio da Alvorada”, diz Rômulo Batista, porta-voz da campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil.

A grilagem de terras tem consumido rapidamente a Amazônia: 30% do desmatamento registrado em 2021 (agosto de 2020 a julho de 2021) ocorreu em terras públicas não destinadas, aquelas que não são classificadas como área protegida ou qualquer outro tipo de uso.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, chamou a atenção para a colaboração entre os órgãos federais. “A gente entende e está fazendo isso. Sem a integração das agências e das Forças Armadas nós não vamos conseguir diminuir os crimes ambientais. A gente precisa saber o tamanho do problema e enfrentar. Nossos trabalhos já estão trazendo resultados positivos”, comentou.