São Paulo – O alemão Jochen Volz será o curador da 32.ª Bienal de São Paulo, prevista para ser realizada em 2016. A decisão foi anunciada ontem à noite, em reunião na Fundação Bienal de São Paulo. Na ocasião, ainda, o empresário Luis Terepins foi reeleito presidente da entidade para mais dois anos. Volz, atualmente curador-chefe de programação da Serpentine Galleries de Londres, foi, entre 2005 e 2012, diretor artístico do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas, e co-curador da 53.ª Bienal de Veneza, em 2009.
“Poucos têm a competência e o conhecimento acumulado do Brasil e do exterior como Volz”, afirmou Terepins ao Estado. Depois do teor político da 31.ª Bienal de São Paulo, encerrada no domingo no Ibirapuera, o historiador de arte alemão, nascido em 1971, seria um curador capaz de promover uma exposição “mais poética, mais objetual”, segundo o presidente da instituição. “Não que exista certo e errado, mas a Bienal deve trazer diversidade, opções diferentes para o público”, diz Terepins, de 59 anos.
Controvérsia
A 31.ª Bienal recebeu entre 6 de setembro e 7 de dezembro cerca de 472 mil visitantes. Com curadoria-geral de um time de estrangeiros formado pelo escocês Charles Esche, pelos israelenses Galit Eilat e Oren Sagiv e os espanhóis Nuria Enguita Mayo, Pablo Lafuente – além dos curadores associados Benjamin Seroussi e Luiza Proença -, a edição foi controversa, gerando críticas do meio artístico.
Segundo Terepins, que integra a diretoria da Fundação Bienal desde 2009, um dos desafios de sua gestão será sanar a dívida de R$ 12,2 milhões da instituição com o Ministério da Cultura. Um acordo firmado em maio de 2013 prevê que a Bienal pague, até 2018, o montante em parcelas. O presidente conta que a meta para 2015 será quitar R$ 3,7 milhões do total.