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Juiz põe seis no banco dos réus por desvios de RS 18,5 mi da saúde de Piquete

Juiz põe seis no banco dos réus por desvios de RS 18,5 mi da saúde de Piquete Juiz põe seis no banco dos réus por desvios de RS 18,5 mi da saúde de Piquete Juiz põe seis no banco dos réus por desvios de RS 18,5 mi da saúde de Piquete Juiz põe seis no banco dos réus por desvios de RS 18,5 mi da saúde de Piquete

O juiz substituto da 1ª Vara Federal de Guaratinguetá (interior de São Paulo, a 180km da capital paulista), Matheus Rodrigues Marques, colocou no banco dos réus seis pessoas acusadas de desviar mais de R$ 18,5 milhões em recursos destinados para a saúde do município de Piquete, que fica a 32km de Guaratinguetá e tem aproximadamente 13 mil habitantes.

Quatro dos acusados – Natalina Donizete Alves da Silva Pinto, Welinton da Silva Pinto, Eliana Alves da Silva Izzo e Alex Zanetti Godoi – ocuparam a presidência e cargos de direção na empresa Pró-Vida, que venceu um processo licitatório do município de Piquete em 2013. O contrato foi renovado sucessivas vezes, até 2019, quando teriam acontecido os desvios. A denúncia afirma, contudo, que há registros de pagamentos para a empresa até meados de 2020.

André Minervino Ruggiero foi representante legal de empresas subcontratadas pela Pró-Vida e Mário César Boró é acusado de intermediar diálogos com a então prefeita de Piquete, Ana Maria de Gouvêa, conhecida como Teca Gouvêa (PSB). Ela também é investigada por desvios na saúde, mas em outro processo judicial que tramita na 1ª Vara Federal de Guaratinguetá.

O processo criminal contra os seis acusados tramita na Justiça Federal porque parte dos recursos que foram recebidos pelas empresas veio dos cofres da União.

De acordo com a denúncia, assinada pela procuradora da República Flávia Rigo Nóbrega, o processo licitatório foi fraudulento, porque a Pró-Vida teria apresentado ‘atestados de capacidade técnica inservíveis a comprovar a aptidão da entidade para prestação de tais serviços’.

De 2013 a 2019 a empresa teria emitido notas frias e declarado receitas mais altas do que de fato teve, para viabilizar o desvio de recursos. Em relação às subcontratadas, elas seriam ‘empresas de fachada’ e ‘os serviços de saúde não eram efetivamente prestados’, possibilitando-se o ‘escoamento irregular de dinheiro público’.

A denúncia foi recebida na última sexta-feira, 4. Os réus terão dez dias para se defender quando forem citados.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO JOSÉ ROBERTO DE MOURA, QUE REPRESENTA A EX-PREFEITA TECA GOUVEA

A reportagem entrou em contato com o advogado José Roberto de Moura, que representa a ex-prefeita de Piquete Teca Gouvêa. Contudo, ele afirmou que não comentará o caso.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO THIAGO MAIA GARRIDO TEBET, QUE DEFENDE ALEX ZANETTI GODOI

A reportagem entrou em contato com o advogado Thiago Maia Garrido Tebet, que defende Alex Zanetti Godoi no processo. Contudo, até a conclusão da reportagem, não houve resposta. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, O ESCRITÓRIO MARCELO LEONARDO ADVOGADOS, QUE REPRESENTA ANDRÉ MINERVINO RUGGIERO

A reportagem entrou em contato com o escritório Marcelo Leonardo Advogados, que defende André Minervino Ruggiero no processo. Contudo, até a conclusão da reportagem, não houve resposta. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, NATALINA DONIZETE ALVES DA SILVA PINTO, WELINTON DA SILVA PINTO, ELIANA ALVES DA SILVA IZZO E MÁRIO CESAR BORÓ

A reportagem tentaou contato com a defesa dos acusados Natalina Donizete Alves da Silva Pinto, Welinton da Silva Pinto, Eliana Alves da Silva Izzo e Mário Cesar Boró, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.