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Justiça autoriza reintegração de posse de reitoria da PUC

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São Paulo – A Justiça autorizou a reintegração de posse na reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ocupada nessa terça-feira, 17, por alunos da instituição. Segundo a decisão, a retirada do grupo do prédio da administração, no câmpus Perdizes, zona oeste da capital, pode ocorrer imediatamente.

Mesmo depois da liminar, os estudantes decidiram, em assembleia nesta quinta-feira, 19, permanecer no local. O texto da liminar, concedida pela juíza Vanessa Tavares Miranda de Lima, da 30ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, diz que houve “depredação do patrimônio e pichação”, o que os estudantes negam. Se os manifestantes desocuparem o prédio, afirma a decisão, a multa diária é de 10 salários mínimos (cerca de R$ 7,9 mil).

Os alunos isolaram com fitas quadros e outros objetos que pudessem ser danificados. Eles negam que tenha havido qualquer depredação. A reportagem não constatou objetos danificados ou depredados. Toda a reitoria foi preenchida por cartazes nas paredes, com frases como “Não tragam bebidas alcoólicas” , “Não fumem, é melhor para preservar a nossa imagem”, “Respeitem o espaço” e “Lutamos por nossos direitos”.

Com a chegada da informação de que havia um oficial de Justiça na entrada da universidade, no entanto, parte dos estudantes – principalmente bolsistas – decidiu deixar o espaço. Eles temem perder os benefícios ao serem identificados.

Imagens das câmeras de segurança divulgadas pela PUC na manhã desta quinta-feira mostram o momento em que os estudantes invadiram a reitoria. Alguns deles usaram camisetas para encobrir o rosto. Eles usaram pedaços de ferro para arrombar a porta que dá acesso ao local. Cerca de cem alunos ocuparam a reitoria da PUC na noite dessa terça-feira, 17, em protesto por “mais diálogo e transparência” da instituição, além de reclamações sobre as demissões de 50 professores no ano passado. A PUC afirmou nesta quarta-feira, 18, que a invasão ocorreu por causa de uma decisão interna que proibiu realização de festas no câmpus, o que foi negado pelos alunos.