Geral

Justiça impede obra em prédio onde marquise desabou em SP

Justiça impede obra em prédio onde marquise desabou em SP Justiça impede obra em prédio onde marquise desabou em SP Justiça impede obra em prédio onde marquise desabou em SP Justiça impede obra em prédio onde marquise desabou em SP

A Justiça ordenou que o Condomínio Edifício Vila América, na Rua Bela Cintra, região central de São Paulo, não modifique ou reconstrua a fachada do local, onde em novembro uma marquise desabou e deixou um adolescente morto e outro ferido.

A proibição ocorre para que um perito judicial possa fazer uma análise no local antes que qualquer obra eventualmente apague vestígios que expliquem a dinâmica e a responsabilidade pelo acidente. A perícia integrará um pedido de indenização que a família da vítima fará contra o responsável pelo desabamento.

A decisão da 2ª Vara Cível da capital foi tomada pelo juiz Renato Acacio de Azevedo Borsanelli nesta quarta-feira, 18. “De fato, ante a possibilidade de reparação e reconstrução da fachada do edifício réu, há fundado receio de que a demora na produção da prova torne impossível ou muito difícil a apuração das causas do acidente fatal”, escreveu o magistrado.

A perícia judicial deverá se somar à análise que já está sendo conduzida pelos técnicos do Instituto de Criminalística sobre o caso. O laudo do instituto vai integrar o inquérito conduzido pela Polícia Civil sobre as responsabilidades criminais do desabamento.

“Os pais ainda estão muito chocados, mas querem continuar a apuração dos fatos. O pedido de indenização é o mínimo para que o evento seja lembrado e que outros eventos similares não aconteçam”, afirmou o advogado Luciano Godoy, que representa a família de Thiago Nery Qualiotto, de 17 anos.

O desabamento da estrutura ocorreu na noite de 13 de novembro na Rua Bela Cintra. A estrutura caiu sobre as vítimas por volta das 19 horas. A marquise, que aparentava ter cerca de 15 metros de comprimento, cobria toda a entrada do edifício residencial.

Síndico

O jornal O Estado de S. Paulo tentou contato com o síndico do prédio, que figura como requerido na ação, mas não teve sucesso. Em depoimento à polícia, ele informou que a estrutura havia passado por avaliação recente e não houve indicação de problemas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.