Geral

Justiça suspende contrato de exploração da Feira da Madrugada

Justiça suspende contrato de exploração da Feira da Madrugada Justiça suspende contrato de exploração da Feira da Madrugada Justiça suspende contrato de exploração da Feira da Madrugada Justiça suspende contrato de exploração da Feira da Madrugada

São Paulo – A Justiça Federal em São Paulo suspendeu a assinatura do contrato de exploração da Feira da Madrugada, no Pari, na região central, firmado entre a Prefeitura e o Consórcio Circuito de Compras São Paulo S.A, vencedor da licitação. O acordo deveria ter duração de 35 anos. O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que vai recorrer da decisão.

O juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível de São Paulo, decidiu suspender a concessão na última sexta-feira, 4, dia da assinatura do contrato para construção de um centro popular, chamado Circuito de Compras, na região da Feira da Madrugada. O equipamento tem previsão de 4 mil boxes, praça de alimentação, hotel e áreas para depósito e armazenagem. Em troca, o consórcio vencedor teria o direito de implantar, operar e explorar economicamente o empreendimento.

Uma das alegações da ação popular, acatada pelo juiz, é que Elias Tergilene Pinto Júnior, presidente da empresa líder do consórcio, é réu em uma ação de improbidade administrativa em Manaus, no Amazonas, o que o impediria de participar da concorrência. A ação de improbidade ainda não foi julgada e, portanto, não há sentença.

Após a decisão judicial de suspender o contrato, o prefeito Fernando Haddad afirmou nesta terça-feira, 8, que está confiante que vai conseguir anular a decisão do juiz. “Nós lemos a petição inicial, é muito mal feita. Nós vamos conseguir superar”, disse. “Infelizmente, ali (Feira da Madrugada) tem muita gente do mal, essa que é a verdade. Gente que está disposta a interromper o processo de reforma para continuar ganhando dinheiro às custas da municipalidade. Isso nós não vamos permitir.”

Em nota, a Prefeitura afirmou que o juiz Victorio Giuzio Neto tem tentado “reiteradamente” impedir ações na Feira da Madrugada. “Em outras decisões, no momento em que o local estava fechado para reforma por perigo de incêndio e risco iminente aos frequentadores, o juiz ordenou que a feirinha fosse reaberta”, diz o texto.

“O juiz também tentou impedir uma demolição necessária para reforma e mandou que os escombros não fossem removidos para permanecerem como monumentos. Em um terceiro momento, o juiz chegou a suspender a fiscalização da feirinha. Nos três casos citados, a Prefeitura recorreu e ganhou”, afirma a nota.