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Lancha que se acidentou na baía de Vitória navegava em lugar proibido, diz Marinha

Segundo a Marinha, o empresário é habilitado e a lancha está devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES)

Lancha que se acidentou na baía de Vitória navegava em lugar proibido, diz Marinha Lancha que se acidentou na baía de Vitória navegava em lugar proibido, diz Marinha Lancha que se acidentou na baía de Vitória navegava em lugar proibido, diz Marinha Lancha que se acidentou na baía de Vitória navegava em lugar proibido, diz Marinha
Foto: Reprodução | Leitor

A lancha em que a estudante de fisioterapia Bruna França Zocca morreu no último final de semana trafegava em lugar proibido, segundo a Marinha do Brasil. A informação foi divulgada, por meio de uma nota, na tarde desta segunda-feira (27).

O acidente aconteceu por volta das 18 horas do último sábado (25), nas proximidades das instalações do Porto de Vitória, na altura da Ilha do Príncipe. A lancha, que colidiu com uma estrutura de aço,  era conduzida pelo empresário José Silvino Pinafo, dono da embarcação. Ele ficou ferido e precisou ser internado. Já a noiva dele, de 25 anos, morreu no local.

Alta hospitalar

Segundo testemunhas, o dono da embarcação teve o pulmão perfurado e sete costelas quebradas. Por causa dos ferimentos, José Silvino Pinafo precisou ser internado em um hospital da capital. O empresário recebeu alta no início da tarde desta segunda-feira (27). De acordo com informações de parentes, ele está bem e se recupera em casa.

José Silvino, que tem experiência com pilotagem marítima, havia acabado de comprar a lancha. A aquisição foi feita há um mês. Segundo a Marinha, o empresário é habilitado e a lancha está devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) e possui capacidade para 13 pessoas. No momento da batida, havia sete ocupantes na embarcação.

A Marinha destacou ainda que, de modo geral, é necessário que a velocidade das embarcações seja compatível com as áreas de navegação, a fim de possibilitar tempo hábil para reações com segurança. Além disso, ela precisa ser reduzida em áreas restritas, segundo a corporação.

A Marinha também informou que as causas e responsabilidades do acidente estão sendo apuradas por meio de um inquérito administrativo específico. O prazo de conclusão desse inquérito é de até 90 dias, podendo ser prorrogado. Fazem parte das investigações, entre outros procedimentos, a realização de perícias na embarcação e oitivas dos envolvidos.

Confira a nota na íntegra:

A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1° Distrito Naval, informa que a embarcação de Esporte e Recreio “DIAMANTE “, objeto de um acidente ocorrido no último sábado (25/07), está devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) e possui capacidade para treze pessoas.

Ressalta-se que, nas proximidades das instalações do Porto, onde ocorreu o acidente, não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações. De modo geral, no que tange à velocidade das embarcações, é necessário que seja compatível com as áreas de navegação, a fim de possibilitar tempo hábil para reações com segurança e que seja reduzida ao navegar em áreas restritas.

As causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima, estão sendo apuradas por meio de Inquérito Administrativo específico, cujo prazo de conclusão é de até 90 dias, podendo ser prorrogado e do qual fazem parte, entre outros procedimentos, a realização de perícias na embarcação e oitivas dos envolvidos.

A CPES acrescenta que não é permitida a ingestão alcoólica por parte do condutor da embarcação e, como penalidade, este pode ter seu certificado de habilitação suspenso ou cancelado, com a subsequente condução à autoridade policial, além de outras medidas administrativas, como a apreensão da embarcação.

Cabe destacar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da comunidade por meio de denúncias, que podem ser feitas pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (27) 2124-6526. Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo “Praia Segura”, que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS.