Geral

Liminar suspende fechamento de escola no interior de SP

Liminar suspende fechamento de escola no interior de SP Liminar suspende fechamento de escola no interior de SP Liminar suspende fechamento de escola no interior de SP Liminar suspende fechamento de escola no interior de SP

São Paulo – Uma liminar dada pela Justiça nesta terça-feira, 1º, suspendeu o fechamento da Escola Estadual Padre João Batista de Aquino, em Agudos, interior de São Paulo. A unidade está incluída entre as que serão fechadas na reorganização da rede estadual pela Secretaria da Educação do Estado.

O juiz Ricardo Venturini Brosco estabeleceu multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento e autorizou a direção da escola a fazer a rematrícula dos alunos. O prédio está ocupado pelos estudantes desde 18 de novembro. Com o fechamento, eles seriam transferidos para outra escola da cidade. A Secretaria da Educação do Estado informou que ainda não foi notificada da decisão.

Desocupação

Em Piracicaba, a Justiça deu liminar de reintegração de posse da Escola Estadual Professor Antônio de Mello Cotrim, no bairro Paulicéia, ocupada há dez dias pelos alunos. A medida, dada na noite de segunda-feira, 30, foi encaminhada à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para que seja providenciado o cumprimento. Representantes dos alunos devem ser notificados nesta terça-feira, 1º. O diretor regional de ensino, Fábio Negreiros, espera a saída espontânea dos estudantes. A escola será fechada e o prédio, devolvido ao Estado ou cedido para o município.

Sorocaba

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve nesta terça-feira, 1º, a liminar dada pela Vara da Fazenda Pública de Sorocaba determinando a desocupação das escolas estaduais ocupadas por alunos na cidade. A decisão foi dada em recurso movido pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) contra a ordem de desocupação.

De acordo com o relator da 11ª. Câmara de Direito Público, Luiz Ganzerla, pode haver risco “ao bom direito” se mantida a ocupação das escolas. Os alunos protestam contra a reorganização da rede estadual proposta pelo governo do Estado.

A Apeoesp entrou com recurso após ter sido citada como coautora das ocupações e condenada a pagar multa de R$ 50 mil caso a ordem judicial não seja cumprida. O sindicato informou que, embora apoie a mobilização dos alunos, não participa das ocupações e estuda novas medidas jurídicas. A decisão do TJ vale para as 21 escolas estaduais ocupadas por alunos na cidade, incluindo duas que já foram desocupadas – nesse caso, a liminar previne nova invasão. O juiz da Fazenda Pública, José Eduardo Marcondes Machado, acatou documento da Diretoria Regional de Ensino e incluiu na ação da reintegração de posse cinco escolas ocupadas após a entrada do processo.

O juiz retirou da decisão anterior a Escola Reverendo Ovídio Antonio de Souza, que não havia sido ocupado pelos alunos – a diretoria reconheceu ter havido engano na inclusão. Nesta terça-feira, oficiais de Justiça estiveram nas escolas para constatar se houve a desocupação e informar o juiz. A liminar determina que a Polícia Militar e o Conselho Tutelar acompanhem eventual retirada dos alunos à força. Na maioria das escolas, os estudantes falam em resistir. Um grupo realizou um protesto contra a ordem de desocupação, no início da tarde, na Escola Estadual Doutor Júlio Prestes de Albuquerque.

Nova ocupação

Cerca de 30 estudantes ocuparam na madrugada desta terça-feira, 1º, a Escola Estadual João Pires de Camargo, na Vila Melhado, em Araraquara, interior paulista. É a segunda unidade ocupada na cidade: desde o dia 26, os estudantes estão no interior da E.E. Lysanias de Oliveira Campos, na Vila Xavier. Em São Carlos, na segunda-feira, 30, cerca de 60 alunos estouraram o cadeado do portão e ocuparam a Escola Estadual Jesuíno de Arruda. Também foi tomada a E.E. Professor Arlindo Bittencourt.