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Limpeza étnica contra Rohingyas continua em Mianmar, aponta relatório dos EUA

Limpeza étnica contra Rohingyas continua em Mianmar, aponta relatório dos EUA Limpeza étnica contra Rohingyas continua em Mianmar, aponta relatório dos EUA Limpeza étnica contra Rohingyas continua em Mianmar, aponta relatório dos EUA Limpeza étnica contra Rohingyas continua em Mianmar, aponta relatório dos EUA

A limpeza étnica contra os muçulmanos Rohingya em Mianmar não parou, apesar da crescente condenação da comunidade internacional, afirmou o governo do presidente americano, Donald Trump, nesta terça-feira, 29. O embaixador dos Estados Unidos para liberdade religiosa, Sam Brownback, divulgou relatório produzido pelo Departamento de Estado americano sobre o assunto. O documento afirma que a violência continua e estima que cerca de 680 mil pessoas fugiram de Mianmar a Bangladesh.

“Não acho que tenhamos visto progresso naquele país”, afirmou Brownback. Ele ressaltou que, em vez de mudar o rumo das atitudes, as autoridades birmanesas estavam “dobrando” a violência, ao abrirem uma nova frente contra os Rohingya no Estado de Kachin. Em novembro, os EUA declararam que a violência contra os Rohingya em Mianmar constituía limpeza étnica e impuseram sanções contra o país.

O relatório também destaca outras preocupações dos EUA sobre a liberdade religiosa no mundo e afirma que entre 80 mil e 120 mil pessoas são mantidas presas na Coreia do Norte por motivos religiosos, destacando que os prisioneiros são mantidos em “condições horríveis” e em locais remotos. O documento ainda aponta que centenas de milhares de muçulmanos uigures na China foram forçadamente enviados a centros de reeducação.

A Arábia Saudita também é citada no estudo. O país proíbe a prática pública de qualquer religião que não seja o islamismo. O texto observa um “padrão de preconceito e discriminação da sociedade” contra muçulmanos xiitas na nação, que é predominantemente sunita. No entanto, o embaixador disse que os comentários recentes do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman sobre expansão das liberdades foram encorajadores.

O relatório ainda fala do Paquistão, onde ao menos 50 pessoas foram presas sob a acusação de blasfêmia no ano passado. De acordo com o texto, pelo menos 17 delas receberam penas de morte.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, comentou o relatório e anunciou que os EUA sediarão uma cúpula global sobre o avanço da liberdade religiosa nos dias 25 e 26 de julho, mas não revelou quais países participarão. “A liberdade religiosa internacional merece ser um assunto de primeira linha”, afirmou Pompeo. /