Geral

Macron espera aprovar reformas na França ainda em 2017

Macron espera aprovar reformas na França ainda em 2017 Macron espera aprovar reformas na França ainda em 2017 Macron espera aprovar reformas na França ainda em 2017 Macron espera aprovar reformas na França ainda em 2017

Paris – O presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu implementar rapidamente medidas de segurança, de combate à corrupção e uma reforma trabalhista – itens que ele considera prioritários em sua agenda. Espera-se que as medidas de seu governo passem facilmente no Parlamento, com o governo tendo conquistado maioria absoluta na Assembleia Nacional.

Segurança

O governo de Macron irá buscar uma extensão do estado de emergência no país a partir de 15 de julho, data de validade atual, prolongando até 1 de novembro. A medida está em vigor desde os ataques de novembro de 2015 no país feito por extremistas islâmicos em Paris. Essa seria a sexta extensão. O estado de emergência dá à polícia francesa poderes excepcionais para fazer prisões em domicílios e proibir protestos, entre outras coisas.

Paralelamente, o governo planeja aprovar um projeto de lei para tornar futuras medidas de segurança extraordinárias, que vão além do estado de emergência. O Partido Socialista, derrotado nas eleições legislativas, e outras vozes da esquerda francesa pediram a Macron que abandone o projeto, afirmando que o estado de emergência é específico e não pode se tornar uma regra permanente – com o risco de regredir nos direitos humanos.

Ética na política

O governo francês apresentou um projeto de lei para a manutenção da ética política, após anos de escândalos de corrupção. A proposta, em particular, proibiria legisladores e membros do governo de contratar familiares, seguindo o escândalo envolvendo o candidato conservador François Fillon durante a campanha presidencial.

Os juízes poderiam proibir uma pessoa condenada por fraude ou crimes relacionados a corrupção de concorrer a um cargo eleito por até 10 anos. Além disso, os legisladores seriam convidados a declarar suas despesas, já que, agora, eles recebem subsídios para cobrir despesas, sem a necessidade de justificativa.

No entanto, a medida, que foi prometida por Macron durante a campanha, já está turva. O ministro da Justiça, François Bayrou, está sob investigação por possível uso indevido dos fundos do Parlamento Europeu. Dois outros membros do governo estão enfrentando investigações, um sobre reivindicação similar e outro, sobre práticas comerciais antes de entrar no governo.

Reforma trabalhista

A mais sensível das reformas de Macron é um conjunto de medidas que facilitariam a contratação e a demissão, com o objetivo de reduzir a taxa de desemprego – agora, abaixo de 10%. Os sindicatos temem que a medida acabe por destruir a proteção dos trabalhadores franceses.

O governo propõe cobrir a penalidade financeira para empresas que demitam empregados ilegalmente. Ele também que simplificar os órgãos dos representantes dos funcionários e permitir que cada empresa tenha mais flexibilidade para definir suas próprias regras de funcionamento interno.

Os detalhes da proposta ainda não foram divulgados, mas uma série de reuniões entre o governo e os sindicatos está agendada para o verão no Hemisfério Norte. As forças sindicais do país criticaram a reforma trabalhista e a decisão do presidente de abandonar o procedimento normal no Parlamento para aprovar mudanças.

O governo planeja usar um procedimento especial para aprovar as medidas até o final do verão, sem que haja um extenso debate no Parlamento. O processo não permite que os legisladores alterem o texto. No entanto, as medidas terão que ser ratificadas pelo Parlamento. Fonte: Associated Press.