As bruxas são cercadas de magia e misticismo. Além disso, muitos logo associam a palavra com filmes famosos de Hollywood, por exemplo, a série de Harry Potter. Com o intuito de “quebrar tabus” foi realizado o 1º Encontro de Bruxas, Feiticeiras e Magas do Espírito Santo.
O evento foi realizado durante o dia 28 de julho, no bairro Mata da Praia, no município de Vitória. Cerca de 50 bruxas se reuniram para celebrar a sua ancestralidade e o misticismo.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
Em entrevista ao Folha Vitória, a bruxa organizadora Bella Strega, explicou que a origem do evento coincidiu com a comemoração dos 3 anos da loja de tarô e magia “La Bella Strega”.
“Comentei com minha amiga que é astróloga, Aline, que queria realizar uma comemoração com as consulentes mais próximas. E ela falou: ‘Bella, por que você não faz um encontro aqui no Espírito Santo? Você inspira a gente’. Com isso, queríamos celebrar as bruxas e que elas se reconhecessem”, destaca.
Confira um trecho do evento:
No evento, as participantes puderam se reconectar com suas essências femininas, suas raízes ancestrais e a natureza. Vivenciando uma experiência de autoconhecimento e cura emocional.
“Foram realizadas algumas atividades. Entre elas: uma roda da dança circular sagrada, guiada por uma terapeuta, um jantar com nhoque da fortuna, ritual de bençãos no caldeirão, representado pela cultura capixaba em forma de panela de barro das Paneleiras de Goiabeiras”, ressalta.
Desmistificação da imagem de “bruxa”
Além disso, segundo a organizadora, ação teve como intuito a desmistificação da imagem das “bruxas” na sociedade, ao mostrá-las como indivíduos comuns. “No encontro tinham arquitetas, médicas, pessoas de todas as áreas”.
A organizadora também ressalta que, o evento foi criado para lembrar que, a caça às bruxas, foi uma perseguição das mulheres empoderadas e que ameaçavam de alguma o sistema vigente.
O movimento de perseguição religiosa, política e social iniciou-se no século XV, atingindo seu ápice nos séculos XVI a XVIII.
“Devemos começar a enxergar as bruxas como mulheres sábias, livres à frente do seu tempo, porque é isso que somos. A perseguição ocorreu às mulheres empoderadas ameaçavam o patriarcado e o sistema existente”, ressalta Bella.
Mediunidade e intuição
Segundo Bella, a mediunidade foi entrou muito cedo em sua vida, quando era uma criança que via espíritos. “Mas foi de uma forma bem incomodada, posso considerar assim, principalmente durante a adolescência. Com isso, comecei a buscar o que estava acontecendo comigo”.
Aos 16 anos, ela ressalta que conheceu o tarô, sendo uma considerada uma ferramenta de autoconhecimento. “Foi uma maneira que encontrei para lidar com a situação, com essa comunicação com o mundo espiritual”, revela.
Bella finaliza afirmando que “as bruxas se reconhecem pela intuição”. Mas, no fundo, sabemos que toda mulher é uma bruxa. “Ela escolhe ou não despertar. Quando você está conectada com a natureza, usa a sua intuição, dá conselhos sábios, sabe mexer com cristais, pode ter certeza que é uma bruxa”, finaliza.
LEIA TAMBÉM: João Bananeira ganha homenagem no calendário de Cariacica