Durante uma operação de fiscalização, que aconteceu no interior do Espírito Santo, 132 trabalhadores foram encontrados em situação irregular em propriedades rurais. Destes, sete são menores de idade. A operação foi deflagrada entre os dias 4 e 6 de junho.
Os sete jovens estão em situação de exploração de trabalho infantil, porém, sem caracterizar trabalho escravo. Em cinco propriedades, localizadas nos municípios de Sooretama, Pancas, Santa Teresa, São Roque e Vila Valério, os trabalhadores desempenhavam a colheita manual de café, ou o descascamento de coco.
Segundo informações do relatório de fiscalização, 90 trabalhadores não possuíam contrato empregatício. A equipe técnica do Grupo Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Escravo (GEFM) flagrou alojamentos em condições degradantes e precárias de limpeza, fiações elétricas em condições inadequadas, não fornecimento de roupa de cama ou de banho, nem de equipamentos de proteção individual, inclusive botas, luvas e outros instrumentos de trabalho.
Trabalho precoce
A fiscalização encontrou sete trabalhadores em situação de trabalho infantil em apenas duas das propriedades, inclusive, jovens de 16 anos, o que é proibido.
Pagamento e indenizações
A representante do órgão ministerial informou que, após as fiscalizações, serão emitidos autos de infração pela Fiscalização do Trabalho, bem como determinada a abertura de Inquérito Civil no Ministério Público do Trabalho para apurar a responsabilidade trabalhista dos empregadores.