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Mais de 40 municípios reduziram gastos com saúde no Estado

Vila Velha foi o município da Grande Vitória que mais cortou investimentos nesse setor. Já Vitória foi o que mais investiu em saúde no ano de 2013

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Os dados foram divulgados pela Amunes Foto: Divulgação

A população que precisa de atendimento na rede pública de saúde vive uma preocupação. Apesar dos problemas, mais da metade dos municípios capixabas reduziu os investimentos no setor. Na Grande Vitória, o corte maior foi em Vila Velha.

Os dados foram divulgados em uma publicação da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes). O resultado pode ser visto nas unidades de saúde superlotadas e nas reclamações crescentes. 

O doutor em Saúde Pública Adauto Emerich diz que nem é correto falar gasto e sim investimento em saúde. E cortar recursos é inadmissível. “Nós consideramos que a saúde no Brasil hoje é sub financiada. Nós gastamos ainda muito pouco com a saúde da nossa população”, afirmou.

De acordo com a publicação anual Finanças dos Municípios Capixabas, 41 deles reduziram o investimento em saúde em 2013. Foram ao todo R$ 6 milhões a menos. Vila Velha foi o município da Grande Vitória que mais cortou nessa área.

Vitória foi o município que mais investiu em saúde em 2013, com R$ 274 milhões. Serra vem em segundo, com R$ 194 milhões; e depois aparece Linhares, com R$ 124 milhões. Eles aumentaram os recursos nessa área. Os que mais cortaram no ano passado foram Itarana, -31%; Conceição do Castelo, -25%, e Alto Rio Novo, -23%. Em 2012, a prefeitura de Vila Velha investiu R$ 121 milhões em saúde e em 2013 foram R$ 95 milhões, uma redução de 21,5%. 

A subsecretária de Saúde de Vila Velha admite a redução de investimento, mas diz que foi de 12%. Segundo ela, o município gastou R$ 13 milhões a menos de 2012 para 2013, mas cumpriu a lei no percentual de repasse para a saúde.

“A população não ficou desassistida. Nós tivemos o Mais Médicos, os médicos do Provab, que vieram para o município com recursos do Ministério da Saúde. Então, o município deixou de gastar com esse profissional”, explicou Sônia Dalmolin de Souza.