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Manifestantes liberam trânsito em Maruípe após quase sete horas de bloqueio

Moradores do bairro Tabuazeiro fizeram barricadas em chamas. O estopim para o protesto ocorreu quando um auxiliar hidráulico foi executado perto de casa, com quinze tiros

Manifestantes liberam trânsito em Maruípe após quase sete horas de bloqueio Manifestantes liberam trânsito em Maruípe após quase sete horas de bloqueio Manifestantes liberam trânsito em Maruípe após quase sete horas de bloqueio Manifestantes liberam trânsito em Maruípe após quase sete horas de bloqueio
Depois do protesto, garis da prefeitura tiveram trabalho para tirar toda a sujeira causada pelo fogo colocado em pneus e até parachoques de carros e usados como barricadas em bloqueio Foto: Jefersson Marins/WhatsApp Folha Vitória

Após mais de sete horas de protesto, os moradores do bairro Tabuazeiro, em Vitória, liberaram o trânsito na Capital, que ficou complicado durante a manhã e tarde desta terça-feira (9), em várias vias da Capital. Os moradores reivindicavam a instalação de um posto da Polícia Militar no bairro.

O estopim da manifestação foi a morte de um morador do bairro, no último domingo (9) Foto: Reprodução/TV Vitória

Moradores do bairro Tabuazeiro fizeram barricadas, até com parachoques, em chamas. O estopim para o protesto ocorreu, no último domingo (7) quando o auxiliar hidráulico, Renildo de Oliveira Gomes, conhecido como “Girineu”, de 34 anos, e que morava no bairro foi executado perto de casa, com quinze tiros.

Um morador do bairro que a morte violenta e recente do auxiliar hidráulico não é um caso isolado, no bairro. “A insegurança predomina na nossa comunidade, não aguentamos mais essa insegurança. A gente não aguenta mais. Só queremos policiamento e segurança. Nossa comunidade necessita de segurança”, diz o presidente da Associação de Moradores de Tabuazeiro, Miguel Mariani.

Funcionários da prefeitura e o Corpo de Bombeiros apagaram o fogo colocado por moradores Foto: TV Vitória

Enquanto os manifestantes circulavam pelas ruas do bairro, a prefeitura da Capital e o Corpo de Bombeiros enviaram homens para apagar o fogo onde o protesto começou. “A gente quer justiça, pegaram meu primo e fizeram uma covardia, deram 15 tiros”, externou uma moradora.

Do bairro Tabuazeiro, os manifestantes transferiram o protesto para a entrada do bairro, na Avenida Maruípe.

De acordo com a Polícia Militar, o patrulhamento foi reforçado na região e a discussão sobre a instalação de uma base fixa da PM no bairro, a questão ultrapassa o âmbito do batalhão e deve ser discutido na Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).

“O que nós pudemos verificar é uma migração do tráfico de drogas do Bairro da Penha para outras regiões da Capital, dentre elas a região da Grande Maruípe. Nós estamos intensificando o patrulhamento com base móvel e vamos receber mais policiais. Porém, a instalação de unidade fixa da PM no bairro precisa ser discutido no plano estratégico da Sesp”, afirma o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Alexandre Ramalho.

Ainda segundo a PM não foi registrado nenhum tumulto ou detenção durante o protesto.