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Máscaras de personagens melhoram experiência de crianças com câncer durante radioterapia

No dia da simulação para a Radioterapia da criança, o profissional conversa com o paciente mirim para descobrir com qual personagem ele se identifica

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Foto: Divulgação

A boa experiência é proporcionada por uma iniciativa de humanização coordenada pela tecnóloga Karin Davis Almeida, que, desde o ano passado, confecciona máscaras estilizadas de personagens de filmes e desenhos para os pequenos atendidos dentro do hospital.

A ideia do projeto surgiu em 2018 junto a outros profissionais de Radioterapia e, de lá para cá, Karin dedica algumas horas livres para produzir o material lúdico, a fim de amenizar o tratamento, tornando o procedimento radioterápico mais leve e humanizado.

“Quando se tratam de pacientes infantis, a radioterapia é ainda mais delicada e alguns deles precisam até ser sedados. Com as máscaras, criamos uma história diferente com cada criança e firmamos uma espécie de compromisso, onde ela adere melhor ao tratamento e ‘ganha’ essa lembrança do personagem para levar para a casa”, explica Karin.

Apesar de fazer toda a diferença na rotina dos pequenos, a tecnóloga garante que a experiência humanizada vai muito além do utensílio. “A personalização das máscaras se tornou uma ferramenta de trabalho que muda o ambiente e torna tudo mais leve, no entanto, não podemos restringir a experiência a ela. A humanização é um direito de todo paciente. Respeito muito a vontade da criança e acredito que o emocional pode impactar no tratamento”.

Presente personalizado

Mas se engana quem pensa que as máscaras são previamente produzidas e que os personagens são definidos de maneira padrão. No dia da simulação para a Radioterapia da criança, o profissional conversa com o paciente mirim para descobrir com qual personagem ele se identifica mais e qual a principal característica para essa identificação.

Com essa informação em mãos, começa o processo de personalização da peça, que vai desde uma pesquisa para conhecer a imagem desse personagem até a adaptação dos formatos. Segundo Karin, todo o trâmite leva de um a quatro dias até chegar na versão final. Assim, no dia marcado para sua primeira sessão, o “presente” está prontinho para ser entregue.

A profissional garante que existem alguns nomes mais pedidos, como os de determinadas princesas e do Homem Aranha, no entanto, relembra dois desejos diferentes e trabalhosos de atender.

“Tive que confeccionar uma Peppa e fiz inúmeros ajustes até realmente conseguir chegar numa aparência de porquinho. Outro personagem complicado foi a Arlequina, por ter traços muito humanizados. Com certeza esses foram os mais desafiadores”.

Para garantir a segurança do uso do equipamento durante o procedimento, os objetos são feitos exclusivamente com micropore e tinta à base d’água. Outros materiais só podem ser usados em partes que não ficam expostas à radiação.