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Médico toca violino para acalmar crianças internadas em UTI

A intenção do profissional é levar os benefícios da música para as pessoas, deixá-las mais felizes e ajudar a melhorar a qualidade de vida

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Fazer o bem faz muito bem, não é? Imagine, então, como deve ser gratificante ajudar o outro duas vezes e ao mesmo tempo. É o que faz o médico Vinicius Cunha Fagundes de 34 anos. Além de cuidar dos pacientes na Unidade de Terapia  Intensiva (UTI), ele também toca violino para que as crianças e seus pais se sintam melhores.   

Formado há três anos e, atualmente, no Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o médico está concluindo a residência em pediatria. Ele disse que, ainda na faculdade, descobriu que poderia aliar duas grandes paixões: a música e cuidar de seus pacientes. 

“Eu toco violino há 15 anos e, nos dois últimos anos de faculdade, durante o internato, comecei a levar o instrumento para o hospital. A minha intenção era levar os benefícios da música para as pessoas, deixá-las mais felizes, ajudar a melhorar a qualidade de vida. Percebi que isso realmente estava acontecendo e continuei”, contou ele.  

A música nos aproxima

Além de proporcionar felicidade, o médico disse que as músicas acalmam as crianças e seus pais, muitas vezes, em momentos bem difíceis. 

“Pelo menos uma vez por mês, eu toco para tentar acalmar os pacientes e suas famílias. Os pais relatam que as crianças mudam, algumas reagem melhor ao tratamento e percebo que há uma grande proximidade entre o profissional de saúde e o paciente. A música nos aproxima. Todo esse processo me deixa muito feliz, me sinto gratificado”. 

Memórias afetivas

Quanto à trilha sonora, Fagundes sempre tenta saber o que as famílias ou o paciente gostam. Ele procura canções que a criança já conhece e gosta. “Busco pelo bem-estar deles. Então, meu objetivo é apresentar as músicas que resgatam memórias afetivas, memórias agradáveis. Além disso, quando a família permite, toco músicas cristãs também”.         

Quando leva o violino para o hospital, o médico toca para 12 crianças que estão na UTI e 20 pacientes na UTI Neonatal (local onde ficam bebês prematuros ou que precisam de atenção especial ao nascer), além das gestantes e puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz) que estão no Hospital Infantil de Cachoeiro.   

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal