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Mesmo após posição da Anvisa, Bolsonaro insiste na defesa do 'tratamento precoce'

A Anvisa afirmou que a vacina não apresentou reações adversas graves durante seu desenvolvimento

Mesmo após posição da Anvisa, Bolsonaro insiste na defesa do ‘tratamento precoce’ Mesmo após posição da Anvisa, Bolsonaro insiste na defesa do ‘tratamento precoce’ Mesmo após posição da Anvisa, Bolsonaro insiste na defesa do ‘tratamento precoce’ Mesmo após posição da Anvisa, Bolsonaro insiste na defesa do ‘tratamento precoce’
Foto: Prefeitura de São Paulo

Mesmo após membros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) refutarem a existência de tratamento precoce contra a covid-19, o presidente da República, Jair Bolsonaro voltou a defender nesta segunda-feira, 18, o tratamento preventivo da doença. Ele também voltou a colocar em dúvida a eficácia da Coronavac, vacina produzida pela farmacêutica Sinovac e o Instituto Butantan. O imunizante apresentou eficácia geral de 50,38%

“Não desisto do tratamento precoce, não desisto. A vacina é para quem não pegou ainda. Essa vacina tem 50% de eficácia, ou seja, se jogar uma moedinha pra cima, é 50% de eficácia”, disse o presidente da República para apoiadores no período da manhã na saída do Palácio da Alvorada.

O vídeo da interação foi divulgado pelo filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), no aplicativo Telegram. Não fica claro, contudo, se o presidente diz “não desisto” ou se diz aos apoiadores “não desistam”.

O chefe do Executivo ressaltou ainda que os efeitos colaterais da Coronavac ainda são desconhecidos por ser “algo experimental”.

A Anvisa, contudo, ao aprovar o uso emergencial da vacina no domingo, afirmou que há dados robustos sobre a sua segurança e que o imunizante não apresentou reações adversas graves durante seu desenvolvimento.

“No que depender de mim a vacina não será obrigatória. É uma vacina emergencial, 50% de eficácia, algo que ninguém sabe ainda se teremos efeitos colaterais ou não”, afirmou Bolsonaro.

Como o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostraram, além de destacarem a ausência de alternativas terapêuticas contra a covid-19, servidores e diretores da Anvisa defenderam no domingo a ciência e a segurança das vacinas.